Ministra da Agricultura, Tereza CristinaMarcelo Camargo/Agência Brasil

Por O Dia
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta quinta-feira, 17, que a redução do desperdício de alimentos precisa ser trabalhada de forma mais objetiva e com maior celeridade pelo governo federal. Sobre as questões regulatórias, a ministra apontou que alguns pontos da legislação podem ser revistos como o tempo de validade dos alimentos.
"Especialmente na parte regulatória. Proponho que montemos um grupo interministerial, junto com ministério da Economia e da Cidadania, e em 15 dias voltamos a apresentar uma solução", afirmou a ministra, durante painel de abertura do Fórum da Cadeia de Abastecimento. O evento virtual é organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Sobre as questões regulatórias, a ministra apontou que alguns pontos da legislação podem ser revistos como o tempo de validade dos alimentos.

"Temos certos exageros na legislação sobre os quais podemos fazer adaptação, sem precarizar e respeitando o que o mundo pensa. Podemos rever a legislação para melhorar uma série de gargalos, principalmente quanto à validade dos alimentos", apontou Tereza Cristina.

Guedes concorda com criação de grupo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também presente no evento, concordou com a proposta da ministra da criação de um grupo interministerial para trabalhar o assunto. Provocado a falar sobre o tema no evento da Abras, disse que a reformulação de políticas sociais poderá incluir incentivos para reduzir o desperdício de alimentos.

"Precisamos facilitar conexão entre políticas sociais e desperdícios. Precisamos dar incentivos para o que é jogado fora possa ser endereçado aos mais necessitados", afirmou Guedes.

Pandemia

Na avaliação de Tereza Cristina, a pandemia de covid-19 trouxe à tona o tema do desperdício alimentar de forma mais perceptível. "Há muito tempo que precisávamos trabalhar o desperdício alimentar de parte mais objetiva. Precisamos agir rapidamente", comentou.

A redução do desperdício é tida como prioritária entre os desafios de governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês) que a cadeia nacional de abastecimento precisa trabalhar. A solução proposta pela cadeia, em linhas gerais, é conectar o mapa da fome com o mapa do desperdício.