Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao lado do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, durante a apresentação do 24° Boletim Epidemiológico da Covid-19 do RioBeth Santos/Prefeitura do Rio

Por O Dia
Brasil - O ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou, nesta sexta-feira, que toda a população brasileira adulta estará vacinada até o final de 2021. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa no município do Rio de Janeiro, quando a cidade apresentou o seu 24° Boletim Epidemiológico da Covid-19. O Brasil aplicou 2,22 milhões de doses de vacina na quinta (17), o maior registro de vacinação desde o início da pandemia.
"Até o final do ano toda a população brasileira acima de 18 anos estará vacinada. Podemos anunciar isso por conta do nosso Programa Nacional de Imunização (PNI). Temos 38 mil salas de imunização pelo Brasil e ontem já mostramos que é possível vacinar 2 milhões de pessoas por dia. Já temos mais de 630 milhões de doses contratadas e há uma segurança na entrega dessas imunizantes", afirmou o ministro.
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O Brasil já distribuiu ao todo aproximadamente 110 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Queiroga ressaltou que se trata de uma grande quantidade e destacou que o país se inclui entre as cinco nações que mais distribuíram vacinas no mundo. Questionado se haveria uma interrupção na produção das unidades devido ao fim de importações do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), o ministro descartou a possibilidade e garantiu que não haverá período sem a fabricação de imunizantes no país.
"Período sem produção da vacina não vai haver. Justamente por isso é que se tratou esse acordo com a AstraZeneca, o laboratório que fica na China, para prover mais IFA a fim de produzir mais 50 milhões de doses. Não vai haver interrupção da produção de imunizantes na Fiocruz. A vacina com o IFA nacional já começa a ser produzida, a questão é que ela precisa ser submetida a testes para garantir a segurança e a efetividade do imunizante antes de distribuirmos a população", afirmou.
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O ministro também disse que estuda a possibilidade de realizar ajustes na gestão dos hospitais federais e que o governo federal está empenhado em garantir a melhoria na qualidade de atendimento. As unidades federais de saúde não prestaram um bom serviço durante a pandemia. Queiroga reconheceu que a situação no Rio seria reflexo de um problema crônico e defendeu que o problema é anterior à pandemia.
O Hospital Geral de Bonsucesso (HGB) está com cerca de 73% dos seus leitos indisponíveis, de acordo com o Censo Hospitalar do Rio, e passa por reformas desde o incêndio que atingiu a unidade em 2020. O hospital dos Servidores também foi apontado pelo Ministro como um dos lugares que necessita de melhorias.
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"Os hospitais federais sempre ajudaram, mas podem ajudar mais, são hospitais antigos e possuem problemas de infraestrutura, além de necessidade de ajustes na gestão. Apesar de geridos pelo governo federal, eles são um patrimônio do Rio de Janeiro. Nós aqui trabalhamos juntos com objetivo de melhorar cada vez mais essa assistência. Ontem eu conversei com o presidente Jair Bolsonaro e ele está muito empenhado em devolver essas unidades com nível de excelência para a população do Rio", afirmou.