Relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE)divulgação
"Pelo menos duas pessoas já pediram proteção à CPI por ameaças de morte. (...) Isso é muito grave, temos uma banalização da morte no Brasil", lamentou Tasso, ao responder questionamento de Natalia Pasternak, bióloga e presidente do Instituto Questão da Ciência, sobre a segurança de testemunhas da comunidade científica durante live promovida pelo grupo Parlatório.
"Se houver pressão da opinião publica, a possibilidade se torna mais concreta ainda", disse Tasso. "Não precisa ser do nosso partido PSDB", acrescentou o parlamentar, referindo-se ao nome que lideraria a coalizão e angariaria o maior apoio na população.
Tasso citou o ex-presidente da República Michel Temer e o ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro - ambos presentes na mesma reunião virtual - entre as "figuras centrais" no processo de aglutinação de forças de centro. "São atores fundamentais para que esse processo chegue".
Durante a live, o senador também fez uma defesa da adoção do parlamentarismo. "Eu sou parlamentarista, defendo que esse parlamentarismo seja adaptado à nossa cultura, história e tradição. Essa é uma das bases do nosso partido, o PSDB. Hoje, muitos senadores já se posicionam a favor do parlamentarismo", comentou Tasso.
Mas ele ponderou que a mudança de sistema de governo depende de uma reforma eleitoral totalmente diferente da discutida recentemente. "O 'distritão' seria a destruição dos partidos", afirmou.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.