O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx LorenzoniFREDERICO BRASIL/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
'Vamos convocar Onyx e, se ele reincidir em coação, pediremos a prisão dele', afirma Renan Calheiros
A CPI da Covid decidiu convocar o ministro e o acusa de coação e obstrução de investigação no caso de superfaturamento na compra da vacina Covaxin
Rio - A CPI da Covid decidiu convocar o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, e acusa o chefe da pasta de coação e obstrução da investigação após denúncias feitas pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF). O relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), citou a possibilidade de pedir a prisão do ministro.
Aliado do governo, o deputado Luis Miranda afirmou ter levado ao presidente Jair Bolsonaro, em 20 de março, denúncia sobre suposto esquema de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin Em entrevista coletiva na quarta-feira, Onyx informou que Bolsonaro mandou a Polícia Federal investigar o deputado e o irmão do parlamentar, Luís Ricardo, que também participou da reunião na ocasião. O governo nega irregularidades na negociação
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"Nenhuma Comissão Parlamentar de Inquérito, em nenhum Parlamento, pode ficar exposta à coação à testemunha. É obstrução ao nosso dever de investigar", disse Renan Calheiros antes do início da sessão da CPI, nesta quinta-feira, 24, classificando a atuação de Onyx como "abominável". "Nós vamos convocá-lo imediatamente e se ele reincidir nós vamos requisitar a prisão dele", afirmou.
Mais cedo, em entrevista à rádio CBN, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que as declarações de Onyx Lorenzoni soam como "um miliciano ameaçando as pessoas".
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