Ministro da Economia, Paulo GuedesMarcelo Camargo/Agência Brasil
Guedes afirma que vacina brasileira não vai deixar de ser produzida por falta de recursos
Ao ser questionado sobre o Brasil não ter feito testagem em massa, o ministro da Economia atribuiu a falha ao ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta
Durante participação em audiência na Comissão Temporária do Senado que acompanha a pandemia de covid-19, o ministro da Economia Paulo Guedes disse que só se falou sobre vacinas em janeiro passado, após o novo aumento da pandemia. Ao ser perguntado por senadores sobre o porquê de o Brasil não ter efetuado uma testagem em massa no começo da pandemia, Guedes disse que "Luiz Henrique Mandetta não falou uma palavra sobre barreiras sanitárias e testagem em massa e vacina".
Guedes voltou a afirmar, nesta sexta-feira, que não faltarão recursos do governo federal para a produção de vacina brasileira contra o coronavírus. "Vacina brasileira não vai deixar de ser produzida por falta de recursos". "Podemos arrumar recursos com crédito extraordinário para as sequelas da pandemia em 2022", disse.
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Inflação
Na área macroeconômica, o ministro disse esperar que a inflação recue para 5,5%, no máximo 6% no fim do ano. O IPCA, indicador oficial de inflação brasileiro e que baliza o sistema de metas inflacionárias, subiu 0,83% em maio e passou a acumular no período de 12 meses 8,06%.
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"Espero que a inflação com o tempo volte para dentro da meta", disse o ministro. A meta de inflação para este ano vai de 2,25% a 5,25% com um centro de 3,75%. Para 2022, o centro da meta é de 3,50% com intervalo de acomodação de eventuais choques de 1,5 ponto porcentual.
Renda básica
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Guedes disse que está de acordo com os que defendem a necessidade de se implementar um programa de renda básica no País. A questão agora, de acordo com ele, é encontrar o dinheiro para financiar o programa. "Estamos de acordo que tem que ter uma renda básica. Agora é encontrar o dinheiro", disse durante participação na audiência.
"Hoje não tem dinheiro para (renda básica) de R$ 600", reiterou o ministro. Na avaliação de Guedes aos senadores, o teto de gastos é hoje o símbolo da dificuldade da equipe econômica de assumir novas responsabilidades orçamentárias. "Hoje me perguntam se pode tirar o teto e eu digo que não posso. O teto é a bandeira que diz que ainda não estamos no controle da responsabilidade fiscal", ponderou o ministro. Ainda de acordo com Guedes, não se pode tirar a vigência do teto para reeleger A, B, ou C.
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