'Foi a maior humilhação que eu já passei', diz homem preso duas vezes por engano
Valter Ferreira, de 50 anos, possui nome, data de nascimento e nome do pai iguais aos do criminoso
"Eu estava em casa tranquilo, fazendo almoço para minha filha. Estávamos eu e meu filho de 16 anos. Chegou uma policial com os papéis dizendo que tinha uma ordem de prisão", explicou Valter. - Reprodução
"Eu estava em casa tranquilo, fazendo almoço para minha filha. Estávamos eu e meu filho de 16 anos. Chegou uma policial com os papéis dizendo que tinha uma ordem de prisão", explicou Valter.Reprodução
Por iG
O pedreiro Valter Ferreira da Silva, 50, foi preso por engano duas vezes em Goiás por ter o mesmo nome de um foragido da justiça condenado por roubo no Maranhão. A última prisão do morador de Jaupaci aconteceu no final do mês de junho e lhe causou traumas.
Segundo informações do G1, apesar de Valter ser muito diferente fisicamente do foragido, ele possui o mesmo nome. O nome do pai dele e a sua data de nascimento também coincidem com a do ladrão. O nome da mãe tem apenas uma letra diferente.
“Eu estava em casa tranquilo, fazendo almoço para minha filha. Estávamos eu e meu filho de 16 anos. Chegou uma policial com os papéis dizendo que tinha uma ordem de prisão. Me jogaram no presídio. Foi a maior humilhação que já passei em toda a minha vida. Estou sem conseguir dormir”, disse Valter.
A primeira vez que foi preso por engano foi em fevereiro de 2014, quando ficou detido por quatro dias. Valter saiu da cadeia após a população da cidade fazer um abaixo-assinado.
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Na última vez, em 25 de junho, Valter precisou de um advogado para sair da prisão. A defensa juntou os dados e a foto do verdadeiro fugitivo para entrar com uma ação na Justiça. O juiz Marcelo Morais de Souza, do Tribunal de Justiça do Maranhão, destacou que a prisão foi equivocada e determinou a revogação imediata da detenção.
O juiz também determinou que as informações fossem juntadas ao mandado de prisão do verdadeiro foragido para evitar um terceiro engano. Mesmo assim, o pedreiro tem medo que a situação volte a se repetir e que isso possa atrapalhar a sua busca por emprego para sustentar a família, com três filhos e três netos.
“Minha área de pedreiro. Como vou fazer para trabalhar agora? Acho que a pessoa não vai confiar mais. E se eu não arrumar serviço mais. As pessoas vão achar que eu sou um bandido”, desabafou.
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