TiteDaniel Castelo Branco

Por Lance
Rio - A preocupação da Seleção Brasileira com a qualidade dos gramados na Copa América teve novo desdobramento. Nesta terça-feira (6), o técnico Tite, o coordenador de seleções Juninho Paulista e integrantes da comissão técnica fizeram pela manhã uma vistoria pela manhã para saber em quais condições está o campo do Maracanã. As informações são do "GE".
Passados 12 dias de tratamento, o campo Maracanã progrediu para a decisão deste sábado (10), na qual o Brasil enfrentará Argentina ou Colômbia. Passadas tantas críticas aos gramados, a comissão técnica, que foi formada pelo auxiliar César Sampaio e pelos preparadores de goleiros Taffarel e Marquinho se surpreenderam com as condições.
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Nesta quarta-feira, o gramado será liberado para o cerimonial da Conmebol realizar testes, como colocar palco para entrega de medalhas e troféus. Também está prevista a gravação do evento de encerramento da Copa América.
O engenheiro agrônomo Lucas Pedrosa, que coordenou a operação de troca de quase metade dos gramados do Maraca, detalhou os desafios com os quais o país lida. Somente nesta temporada, houve 34 jogos no local.
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"O intervalo ideal para uma competição como esta seria em torno de 25 a 30 dias para a sua total recuperação, como aconteceu na Copa das Confederações (2013) e Copa do Mundo (2014). Última partida foi dia 23 de junho, pelo Brasileiro e então ficou liberado para nosso tratamento intensivo. Utilizamos essa janela para fazer a troca de 40%do gramado já a partir daquela noite. Essa troca parcial da grama já foi preparada em um tipo turf farm, disponibilizada pelo Flamengo, o que nos possibilitou essa troca de aproximadamente de 3.800m². São áreas desgastadas que sofreram com os jogos e aquecimentos nas partidas que foram realizadas antes da paralisação", disse.
De acordo com o funcionário da Greenleaf, para melhorar o campo, foram feitos cortes verticais para limpeza de palhas e resíduos de desgaste do gramado, além de cortes para uniformização e rebaixamento da altura do campo, da oxigenação do solo e sistema radicular (para melhor absorção de produtos e para deixar o gramado "respirando melhor").
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"Também fizemos o top dressing, que é a cobertura de areia em área total para proteção das folhas novas e correção do micro desnivelamento. Porque em cada partida o gramado sofre algumas injúrias, que são os "divots", ou seja, os buracos que as travas da chuteira causam em uma partida. Além da nutrição do campo, o que é de extrema importância. A grama se alimenta e assim tem seu crescimento e desenvolvimento tanto para a parte vegetativa e produtiva - declarou.
Pedrosa garantiu que o gramado terá plenas condições na decisão.
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"Tem as adversidades de clima no Rio de Janeiro, com temperatura amena e muita chuva nessa época do ano, o que faz com que a grama do tipo Bermudas Celebration tenha seu crescimento reduzido. Mas usamos de todos recursos que poderíamos ter para esses 16 dias até a final. O gramado chegará com ótimas condições de jogabilidade e estará à altura do espetáculo de uma final da Copa América", disse.
A comissão técnica da Seleção Brasileira, em seguida, partiu para Teresópolis, onde a delegação está concentrada.