O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, Antonio Barra TorresFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, afirmou que acredita que algumas das vacinas contra covid-19 deverão demandar uma terceira dose. 
"Acredito que algumas vacinas terão a necessidade de uma terceira dose. No dia de hoje, ainda é difícil dizer qual", disse ele, destacando ser uma avaliação pessoal. "É estudado no mundo inteiro. O mundo inteiro está debruçado nisso, e o objetivo é obter a imunização segura e mais duradoura", acrescentou.
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A Anvisa tem a tarefa de autorizar o uso e a aprovação das bulas de vacinas em todo o Brasil. Por enquanto, nenhum dos imunizantes aprovados no país tem três aplicações.
Barra Torres ressaltou que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa são eficazes e reforçou a importância da população se vacinar independente da marca do imunizante disponível, já que todas tiveram a aprovação da agência reguladora. "A melhor é aquela que está no seu braço", afirmou.
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Até o momento, a entidade deu autorização definitiva ou emergencial para as vacinas AstraZeneca/Oxford, Pfizer, CoronaVac e Janssen. As três primeiras são com duas doses e a última, com dose única. Também com duas aplicações, os imunizantes Sputnik e Covaxin receberam autorização de importação, mas com limitações.
Na semana passada, a farmacêutica Pfizer anunciou que está desenvolvendo uma terceira dose da vacina contra a covid-19. O governo do Chile também informou recentemente que estuda a possibilidade de distribuir uma dose de reforço, assim como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que chegou a levantar a hipótese de uma terceira aplicação.
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Barra Torres, disse que o Brasil deve em breve se tornar autossuficiente na produção de vacinas contra a covid-19 e ao tratar da imunização de crianças ele lembrou que apenas houve autorização para inclusão de adolescentes de 12 a 15 anos na bula da Pfizer e que a agência não tem pedidos de análise para faixa etária menor. Para o presidente da Anvisa, a imunização de crianças contra a covid ainda deve demorar.
Combinação de vacinas
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O diretor-presidente da Anvisa também analisou a possibilidade de combinar vacinas de laboratórios diferentes para o combate à covid-19. "A atividade reguladora não é a locomotiva desse processo. Ela é vagão. Vamos a reboque do desenvolvedor ou do pesquisador que nos apresentar suas conclusões, para que possamos avaliar e referendar. Estamos falando de uma interação de imunobiológicos de origens e plataformas diferentes. Vem muito da comunidade científica. No momento, estamos acompanhando algumas situações que podem no futuro ter um posicionamento nosso", disse Torres.
Barra Torres lembrou que decisões nesse sentido têm sido tomadas por determinados países em alguns casos. No Brasil, a vacina AstraZeneca chegou a ser aplicada em algumas gestantes antes de ser suspensa pelo Ministério da Saúde, por conta de um caso suspeito de reação adversa. As grávidas que tomaram o imunizante, posteriormente, foram autorizadas pela pasta a receber a segunda dose da Pfizer.
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O presidente da Anvisa também destacou sua opinião sobre a criação do passaporte da vacina e defendeu que a Organização Mundial de Saúde (OMS) seja o fórum para orientar a conduta dos países nesse assunto.
*Com informações da Agência Brasil