Élcio FrancoJúlio Nascimento / Presidência
"Por diversas vezes ele pediu que o preço fosse reduzido, que as quantidades aumentadas, e a entrega antecipada", respondeu Emanuela.
O contrato fechado pelo governo Bolsonaro e a Precisa, que intermediou o negócio da Covaxin, é investigado pela CPI da Covid. Um dos pontos apurados é o valor que o Ministério da Saúde aceitou pagar pela dose, em US$ 15 - o mais alto entre os imunizantes adquiridos pelo Brasil.
Como revelou o Estadão/Broadcast Político, em reunião técnica do Ministério da Saúde com representantes da Bharat e da Precisa Medicamentos, foi registrado na 'memória do encontro' o valor de US$ 10 por dose. Questionada, Emanuela negou que uma oferta com esse valor teria sido apresentada ao governo, e que existia apenas uma expectativa por esse preço, ou até mesmo por menos.
Invoice
Emanuela voltou a confrontar as versões apresentadas à CPI da Covid pelos funcionários do Ministério da Saúde. O servidor Luis Ricardo Miranda e o consultor técnico William Amorim afirmaram que a Precisa enviou à pasta no dia 18 de março a primeira invoice da compra da vacina indiana Covaxin, enquanto que a empresa alega que encaminhou apenas no dia 22 daquele mês. Em razão disso, questionada pelo senador governista Marcos Rogério (DEM-RO), Emanuela afirmou que os irmãos Miranda mentiram à CPI ao falar que a invoice foi apresentada em reunião com o presidente Jair Bolsonaro no dia 20 de março.
Durante depoimento na CPI, Emanuela desafiou Luis Ricardo e William a comprovarem que receberam o documento no dia 18. O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), exibiu um vídeo em que Emanuela fala, no dia 23 de março durante audiência no Senado, que encaminhou uma série de documentos, inclusive a invoice, para o Ministério da Saúde "na quinta-feira passada", ou seja, no dia 18. Mesmo assim, Emanuela sustentou a afirmação de que o documento só foi enviado no dia 22.
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), confrontou Emanuela com o vídeo da coletiva em que ministro da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni, contesta as declarações dos irmãos Miranda afirmando que a invoice é do dia 19 de março. Questionada, Emanuela respondeu que "provavelmente" houve um equívoca por parte do ministro.
Durante o depoimento, Emanuela também confrontou as versões apresentadas à CPI da Covid pelos funcionários do Ministério da Saúde. O servidor Luis Ricardo Miranda e o consultor técnico William Amorim afirmaram que a Precisa enviou à pasta no dia 18 de março a primeira invoice da compra da vacina, enquanto que a empresa alega que encaminhou apenas no dia 22 daquele mês. Em razão disso, Emanuela afirmou ainda que os irmãos Miranda mentiram à CPI ao falar que a invoice foi apresentada em reunião com o presidente Jair Bolsonaro no dia 20 de março.
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