Governador de São Paulo, João DoriaDivulgação Governo de SP

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira, 4, que o Ministério da Saúde entregou apenas metade o total de um lote de vacinas da Pfizer previsto para o estado de São Paulo. De acordo com a gestão estadual, foram repassadas um total de 228 mil doses a menos do que estava programado na divisão proporcional das vacinas entre os estados, o que tem chances de prejudicar o andamento do calendário de vacinação já anunciado pelo estado.
De acordo com o Doria, a última remessa do imunizante foi reduzida pela metade sem nenhuma justificativa. "A decisão, que como governador qualifico de decisão arbitrária do Ministério da Saúde, representa a quebra do pacto federativo e o governo federal, mantida essa decisão, decidiu punir quem fez o certo e quem foi eficiente na vacinação", disse o governador de São Paulo.
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O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que protocolou um ofício ao Ministério da Saúde solicitando que as 228.150 doses sejam entregues em até 24 horas.
"O plano nacional de imunização é seguido de uma forma ética e planejada pelo governo do estado de São Paulo, sempre delimitando um faseamento. Com essa organização, o estado não poderia ter sido surpreendido por uma medida tão descabida. São 230 mil pessoas que passam a deixar de serem imunizadas em um momento tão importante da pandemia", disse Gorinchteyn.
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O governador afirmou diretamente ao Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que não fará nenhum tipo de retaliação com a pasta por conta da demora na entrega e destacou que continuará entregando as doses da CoronaVac previstas em contrato para o Ministério da Saúde.
"Hoje entregamos 2 milhões de doses da vacina do Butantan para o Ministério da Saúde pra vacinação de 2 milhões de brasileiros. Continuaremos a entregar a vacina do Butantan dentro dos prazos previstos."
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Até o momento, o Ministério da Saúde não se pronunciou sobre o atraso.