Presidente da Câmara, Arthur LiraMichel Jesus/Agência Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, classificou o desfile de tanques de guerra e lança-mísseis em frente a Esplanada dos Ministérios e do Palácio do Planalto, marcado para amanhã, 10, mesmo dia da votação da PEC do voto impresso no plenário da Casa , como uma "trágica coincidência de datas”.

“Eu encaro isso como uma trágica coincidência. Não é que eu apoie essa demonstração. É bem verdade que essa Operação Formosa acontece desde 1988 aqui em Goiás, então não é alguma coisa que foi inventada. Mas também nunca houve um desfile na Esplanada dos Ministérios, na frente Palácio do Planalto. Com relação à votação, nós não deveremos ter problema", disse em entrevista ao Antagonista.
O parlamentar afirmou, ainda, que a votação pode ser adiada caso queira a maioria dos deputados. "Eu quero acreditar que este movimento já estava programado. Só não é usual. Não sendo usual, em um país que está polarizado, isso dá cabimento para que se especule algum tipo de pressão", continuou.
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O aliado do presidente da República alegou, porém, que Bolsonaro "garantiu" que o desfile das Forças Armadas não tem o intuito de ameaçar o parlamento.

“Eu falei com o presidente, que nos garante que não havia esse intuito, que está convidando a Câmara e o Senado para participar desse convite.”