Tenente-coronel Helcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil, é ouvido nesta terça-feira, 10, na CPI da CovidJefferson Rudy/Agência Senado

Brasília - O site do Instituto Força Brasil, ONG presidida pelo tenente-coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, passa por instabilidade na tarde desta terça-feira, 10. A indisponibilidade da página coincide com o depoimento de Helcio à CPI da Covid nesta tarde. Não é possível afirmar se a página do Instituto foi retirada do ar por ação dos administradores ou devido a ataque externo.
Durante a sessão, o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apontou que o instituto fomentava pela página notícias fraudulentas contra vacinas e contra a adoção de medidas não farmacológicas para lidar com a pandemia da covid-19. Randolfe também ressaltou a relação de integrantes do instituto e o PTB, bem como vídeo em que integrantes apontam patrocínio a movimentos políticos.
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Durante oitiva, Helcio Bruno tentou se defender das acusações de disseminação de notícias falsas alegando que as notícias publicadas no site do grupo pertenciam a um "espaço crítico" dedicado "liberdade de opinião", e que as notícias publicadas não necessariamente representam a opinião do Instituto. "Não somos negacionistas, entendemos, compreendemos a situação, e procuramos o melhor caminho, a melhor solução pra sociedade", alegou.
O Instituto Força Brasil já foi alvo da CPMI das Fake News, e tem o empresário bolsonarista Otávio Fakhoury como vice-presidente. Apoiador de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro, Fakhoury é investigado em dois inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre propagação de notícias falsas e financiamento de atos antidemocráticos.

Apesar de o site institucional estar indisponível, o instituto mantém outras páginas em redes sociais com postagens em defesa do presidente e de bandeiras apoiadas por Bolsonaro como o voto impresso.