Ex-presidente Lula (PT) e presidente Jair Bolsonaro (sem partido)Reprodução
Primeiro turno
Terceira via
Além do alto porcentual de eleitores sem candidato, o levantamento diz que 25% dos entrevistados, quando oferecida a opção, preferem alguém que não seja nem Lula, nem Bolsonaro. Em agosto, essa fração era de 28%. "A terceira via continua com porcentual alto, mas está em queda porque não se materializou em ninguém. Precisa aparecer um nome concreto, ou não vai empolgar as pessoas", diz o cientista político e diretor da Quaest, Felipe Nunes, ao Broadcast Político. "Para dar certo, precisa de alguém desconhecido e com baixa rejeição. Doria tem 80% de conhecimento e não tem voto", acrescenta.
A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2 mil pessoas das cinco regiões do país entre os dias 26 e 29 de agosto. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
Avaliação de Bolsonaro
A pesquisa Genial Investimentos divulgada nesta quarta-feira também mostra que a avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro subiu de 44% para 48% entre agosto e setembro. Na mesma passagem, a avaliação negativa recuou de 26% para 24% e a regular oscilou de 27% para 26%. O porcentual restante contabiliza aqueles que não souberam ou não quiseram responder.
A percepção dos entrevistados em relação à economia do Brasil também traz sinais de preocupação para o Palácio do Planalto. Para 68% deles, a situação econômica piorou no último ano, ante 62% em agosto. Já aqueles que observam melhora na economia caíram de 16% para 13%. Os que veem estabilidade eram 20% e agora são 17%. Outros 2% não souberam ou não quiseram responder nos dois períodos.
Questionados sobre a expectativa em relação à economia nos próximos doze meses, 44% esperam melhora, ante 50% no último levantamento; 32% projetam piora, 7 pontos porcentuais a mais em comparação com o mês passado. São 20% os que apostam na manutenção do cenário. Antes eram 21%. Subiu de 4% para 5% aqueles que não souberam ou não quiseram responder.
Bolsonaro e seu entorno contam com a recuperação da economia no ano que vem, embalada pelo avanço da vacinação contra a covid-19, como a "boia de salvação" para garantir mais um mandato ao presidente.
No entanto, os indicadores econômicos ainda patinam e a variante delta do coronavírus oferece riscos ao cenário sanitário nacional - o que tende a repercutir no cenário eleitoral. "É a economia que vai definir o resultado das eleições. E cada vez menos gente acredita que a economia vai virar, porque não se vê a economia virando", diz o Felipe Nunes ao Broadcast Político.
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