Presidente Jair Bolsonaro (sem partido)Marcos Correa

Brasília - Os parlamentares repercutiram através do Twitter o comunicado, divulgado pelo Palácio do Planalto na tarde desta quinta-feira, em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) volta atrás e prega a harmonia entre os três poderes depois de diversos ataques a mnistros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A nota foi divulgada após Bolsonaro almoçar com o ex-presidente Michel Temer na tarde de hoje. O texto teria sido redigido por Temer visando uma harmonia entre Legislativo, Judiciário e Executivo. 
O deputado Paulo Pimenta (PT) destacou a mudança de comportamento repentina do Chefe do Executivo. "Como todo bravateiro metido a machão, Jair Bolsonaro ficou pianinho com a reação do STF e voltou atrás no que disse, soltou nota redigida pelo golpista Michel temer dizendo que falou "no calor do momento". No popular: #BolsonaroArregou!", disse.
Helder Salomão (PT) relembrou que Temer entende de cartas, fazendo referência a correspondência escrita pelo ex-presidente e encaminhada para Dilma Rousseff na época que ela ainda ocupava o cargo. "#BolsonaroArregou com uma carta escrita pelo Michel Temer. Aliás, de cartas o Temer entende, né?", escreveu. 
Aa vereadora Erika Hilton (PSOL-SP) ressaltou o isolamento do presidente."Ser aconselhado por Michel Temer é um sinal de que Bolsonaro está isolado, Temer foi o presidente com a maior rejeição, autor do Golpe de 2016 e inimigo do povo. Um genocida sendo aconselhado por um vampiro!", afirmou. 
Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede) e integrante da CPI da Covid afirmou que deseja que o presidente pratique as palavras escritas no comunicado. "Torço para que isso seja refletido na prática, e que não sejam apenas palavras ao vento. Continuaremos vigilantes!", disse.
O empresário João Amoedo, que concorreu no pleito de 2018, afirmou acreditar que o comunicado feito por Bolsonaro foi apenas um recuo. "Não nos enganemos: Bolsonaro - expulso do exército, que idolatra Ustra e vive de polêmicas - é o do discurso contra o Estado de Direito do 7 de setembro. E não o da nota de pacificação. Trata-se apenas de um pequeno recuo para continuar avançando contra a democracia".