Presidente Jair BolsonaroAFP

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que o relatório final da CPI da Covid terá a inclusão de um pedido de medida cautelar ao Supremo Tribunal Federal para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenha suas contas banidas das redes sociais que participa. As informações são da Folha de S. Paulo.

Ainda de acordo com o relator, o relatório pedirá o indiciamento de mais oito pessoas. A previsão é de que o documento seja votado nesta terça-feira, 26, pelos senadores da comissão.
O pedido de banimento de Bolsonaro vem após o presidente associar a vacina contra Covid-19 à Aids, durante live transmitida na última quinta-feira em suas redes sociais. O Facebook e o Instagram derrubaram o material por conta das informações falsas.

"Vou pôr em votação para que Bolsonaro seja excluído das redes, assim como aconteceu com o Trump [Donald, ex-presidente dos EUA]. Bolsonaro não muda, continua fazendo as mesmas coisas", disse Renan à Folha.
Nas redes sociais, o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que Bolsonaro é "um delinquente contumaz na Presidência da República".

"Informo que incluiremos, no relatório da CPI, a fala mentirosa e absurda de Bolsonaro associando a vacina contra a covid-19 à aids", escreveu.
Novos pedidos de indiciamento
Os oito novos envolvidos no relatório serão o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Helio Angotti Neto; a servidora e fiscal contrato da vacina Covaxin, Regina Célia de Oliveira; tenente-coronel Alex Lial Marinho, ex-coordenador de logística do Ministério da Saúde; do coronel Marcelo Bento Pires, que feito lobby pela compra da Covaxin; coronel Hélcio Bruno, que teria intermediado a negociação de vacinas; Heitor Freire de Abreu, atualmente no Ministério da Defesa; José Alves, dono da Vitamedic; e Antonio Jordão, presidente da Associação Médicos pela Vida.
Há ainda um impasse entre parlamentares do G7 sobre a inclusão ou não no relatório de governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e do ex-secretário de saúde do estado, Marcellus Campêlo.