Com seus direitos políticos suspensos até 2027, Eduardo Cunha (MDB-RJ) tenta reverter sua situação na Justiça para voltar à disputa partidária. O plano do político é deixar seu reduto político no Rio de Janeiro para se lançar deputado federal por São Paulo.
Ele falou sobre o assunto na noite desta segunda-feira, 25, ao realizar uma noite de autógrafos do livro "Tchau, querida", no qual retrata os bastidores do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Na época, ele era presidente da Câmara dos Deputados, portanto, foi o responsável por liberar a instauração do processo no Congresso. Depois disso, teve seu mandato cassado por quebra de decoro parlamentar, acusado de mentir sobre a existência de contas no exterior.
Cinco anos depois, com poucas pessoas na noite de autógrafos, Cunha disse à Folha de S. Paulo que não tinha a intenção de transformar o momento em um evento. "É mais basicamente para me colocar". (...) "Como eu pretendo ser candidato, fazer em São Paulo tem o simbolismo de eu estar presente", explicou ao jornal. Ele deve ainda realizar outra sessão no Rio de Janeiro, além de planejar o lançamento de um segundo livro, o "Querida, voltei" sobre seu retorno à cena política.
Quanto à candidatura, o ex-deputado diz ainda não saber por qual partido se lançaria. Sua filha, que também deve disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados, mas pelo Rio de Janeiro, vai se desfiliar do MDB.
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