Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao lado da presidente da Fiocruz Nísia Trindade durante inauguração de Biobanco Covid-19 em Manguinhos, na Zona Norte do RioReginaldo Pimenta/ Agência O DIA

Rio - Durante participação no evento na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), nesta segunda-feira (13), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que "com certeza" há mais de 11 casos da variante ômicron no Brasil.
"Já foram identificados 11 casos da variante ômicron aqui no Brasil e, com certeza, devem existir mais", declarou Queiroga. No último domingo (12), o estado de São Paulo confirmou o quinto caso da variante. Com isso, o total de infecções pela nova cepa no Brasil chegou a 11.
O ministro e defendeu que não é preciso punir os países em que surgem novas variantes. "Quando se identifica uma variante não é o caso de punir o país que identificou. Temos, sim, que aplaudir quem identifica essas variantes do vírus para que possamos nos preparar melhor para combater essas ameaças imprevisíveis causadas por mutações do vírus", disse. O comentário foi feito semanas após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendar restrições de viagem aos países africanos. 
O ministro Queiroga lembrou que recentemente o Brasil firmou compromisso no âmbito do G20 para fortalecimento do sistema de saúde de acesso global e da ampliação do acesso a imunizantes e insumos estratégicos para o enfrentamento não só dessa emergência sanitária causada pelo novo coronavírus, mas outras que podem surgir em função de mutações do próprio vírus ou de outros que comprometam a segurança na sociedade.

“Esse investimento na área da pesquisa, ciência e tecnologia é fundamental para ampliar essa capacidade de resposta”, disse.
Queiroga destacou a importância da campanha de imunização no Brasil, discurso que vai contra ao do presidente Jair Bolsonaro, que sem comprovação científica duvida da eficácia das vacinas. "O Brasil hoje é um exemplo mundial de vacinação contra a covid-19. E é por isso que, nos últimos seis meses, tivemos uma redução expressiva no número de casos e óbitos, que resultou, consequentemente, em uma menor pressão sobre o nosso sistema de saúde. É uma esperança de podermos, em um caráter pandêmico, e vivermos um tão ansiado pós-covid", declarou o ministro.