Manaus - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou, nesta segunda-feira (13), as novas urnas eletrônicas que equiparão os postos de votação no pleito do ano que vem. O modelo 2020, que vai compor quase metade do parque eletrônico, será distribuído por todo o país.
Serão 224.999 urnas novas de um total de 577.125 equipamentos disponíveis em 2022. Até aqui, o modelo mais recentes era de 2015. Ao todo, as eleições do ano que vem vão usar seis diferentes modelos de urna lançados desde 2009.
De acordo com o TSE, o equipamento é mais moderno e trará ainda mais segurança e recursos de acessibilidade.
Durante a coletiva de imprensa para o lançamento das novas urnas, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, voltou a destacar os mecanismos de segurança, auditabilidade e de transparência da urna eletrônica, presente há 25 anos na vida do eleitorado brasileiro.
Além disso, o ministro visitou a fábrica em Manaus onde são produzidas as novas urnas. “Aqui neste local é feita a montagem das placas-mãe dos terminais. E essa é uma ocasião que merece ser destacada. Houve um esforço muito grande para a obtenção de peças e componentes para as urnas. Isso ocorreu em um momento em que há escassez no mercado mundial”, disse, lembrando um dos efeitos da pandemia de Covid-19 e da retração econômica no planeta. O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Mauro Campbell Marques, fez parte da comitiva de visitantes.
Barroso informou que as 225 mil novas urnas eletrônicas permitirão a renovação do parque dos equipamentos da Justiça Eleitoral, já que a vida útil de uma urna é de 10 a 12 anos. O ministro também explicou que, embora as placas-mãe sejam fabricadas em Manaus, a montagem final das urnas ocorre em Ilhéus (BA), por uma questão de logística de distribuição. Segundo Barroso, o TSE espera receber os equipamentos prontos até maio de 2022.
“Houve um esforço muito grande para a obtenção de peças e componentes para as urnas. Isso ocorreu em um momento em que há escassez no mercado mundial”, disse, lembrando um dos efeitos da pandemia de Covid-19.
Barroso assinalou que um dos principais itens de segurança da urna eletrônica é não ter conexão com qualquer rede, o que inviabiliza ataques externos por hackers. Lembrou, ainda, que, após a inspeção dos códigos-fontes do sistema e dos programas por partidos, entidades públicas e universidades, todo o conteúdo é lacrado, recebendo a assinatura digital de autoridades, e trancado na sala-cofre do Tribunal. “A partir daí, os programas não podem ser modificados. E a urna não executará os programas além dos certificados”, destacou ele.
O presidente do TSE salientou também que, antes, durante e após a votação, as urnas podem ser auditadas pelos partidos e instituições fiscalizadoras que integram a Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e pela sociedade em geral. Entre esses momentos passíveis de auditagem, o ministro citou a abertura dos códigos-fontes do sistema, que ocorreu em outubro – a um ano do pleito –, e a realização do Teste Público de Segurança (TPS) do Sistema Eletrônico de Votação, realizado em novembro.
Ainda mencionou o relatório de impressão da zerésima (mostrando que, no início da votação, não há voto registrado na urna para nenhuma candidatura), bem como a emissão dos Boletins de Urna (BUs) logo após o término da votação, com a distribuição de cópias aos partidos e a afixação do BU em cada seção eleitoral para quem quiser comparar com os dados divulgados no Portal do TSE.
Confira as principais mudanças da urna eletrônica:
- Terminal do mesário com tela totalmente gráfica, sem teclado físico, e superfície sensível ao toque;
- Processador do tipo System on a Chip (SOC), 18 vezes mais rápido que o modelo 2015;
- Bateria do tipo Lítio Ferro-Fosfato: menos custos de conservação por não necessitarem de recarga;
- Mídia de aplicação do tipo pen-drive, o que traz maior flexibilidade logística para os tribunais regionais eleitorais na geração de mídias;
- Expectativa de duração da bateria por toda a vida útil da urna;
- Maior celeridade na identificação do eleitorado: enquanto uma primeira pessoa vota, outra pode ser identificada pelo mesário. Isso poderá aumentar o número de eleitores por seção ou diminuir eventuais filas.
- Teclado aprimorado, com teclas com duplo fator de contato. Isso permite ao próprio teclado acusar erro, caso haja mau contato ou tecla com curto-circuito intermitente.
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