Cerca de 4.185 pessoas estão desabrigadas e 11.260 desalojadas na BahiaDivulgação/Governo do Estado da Bahia
Rui Costa afirmou que a Bahia não enfrenta temporais desta proporção desde a década de 1060. "Estamos falando de 58 cidades em regiões diferentes que foram atingidas", informou, em entrevista à GloboNews.
Antes concentradas apenas nas cidades da região sul do estado, as enchentes já chegaram às regiões sudoeste e oeste. O governador explica que a distância entre municípios pode chegar a 900km, o que dificulta a logística das equipes de socorro.
"Não conseguimos retirar todas as pessoas, para retirar uma pessoa da zona rural, muitas vezes consome muito tempo. Estamos orientando que todos procurem locais mais altos para que a gente tenha tempo de retirar todas as pessoas. A orientação é sair dos lugares mais baixos. E por favor, não resistam. Não fiquem em casa. A situação é crítica. É um drama muito grande que estamos vivendo", apelou.
Rompimento de barragens
Até hoje, duas barragens na Bahia já haviam se rompido por conta da força da água. Rui Costa esclareceu que se tratam de barragens de pequeno porte. O maior perigo, segundo o governador, é que o rompimento de uma barreira aumenta o volume de água das próximas, o que pode causar um verdadeiro efeito cascata nas próximas - uma "maré".
"A água está chegando no Rio de Contas, e nessas últimas duas, três horas, aumentou muito o nível. Em cidades como Ipiaú, Jequié, a área de alagamento está aumentando. Como eu disse antes, a chuva parou e a água continua subindo em função da chegada dessa água".
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