João Doria Agência Brasil
A imunização das crianças tem sido o mais novo palco de disputa entre o governo e os Estados. O presidente da República, Jair Bolsonaro, que é contra a imunização da faixa, não esconde sua insatisfação com o tema.
Na segunda-feira, 27, o presidente voltou a questionar a necessidade de se imunizar as crianças ao afirmar que as mortes por covid-19 não justificam a adoção de uma vacina contra a doença. Na sequência, Bolsonaro também informou que não vai imunizar sua filha Laura, de 11 anos.
A declaração do presidente contraria a posição de técnicos do próprio Ministério da Saúde. A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à covid-19, vinculada à pasta, elaborou uma nota técnica em que reforça a segurança da aplicação das vacinas em crianças.
Após abrir uma consulta pública para avaliar a vacinação infantil contra covid-19 no país, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse na semana passada que o governo federal vai vacinar crianças de 5 a 11 anos, mas deve requisitar prescrição médica e a assinatura de termo de consentimento pelos pais. As exigências não existem em outros grupos que já tiveram a vacinação autorizada.
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