Roberto JeffersonValter Campanato/Agência Brasil
Na lista das pessoas que devem ser ouvidas pela PF estão a esposa de Jefferson, Ana Lúcia Novaes, o advogado dele, Luiz Gustavo Cunha, e outras pessoas entre visitantes, seguranças da unidade hospitalar e enfermeiros.
Na gravação, o aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que "ora" "em desfavor do Xandão”, termo usado por Jefferson para se referir ao ministro do STF. Segundo o próprio ex-deputado, o vídeo foi produzido dentro das dependências do hospital.
Ao responder a um pedido de explicações de Moraes, Jefferson fez uma provocação ao magistrado ao dizer que produziu o material para tratar da "maldição sobre os ímpios e perversos".
Em resposta a questionamentos feitos por Moraes, o hospital Samaritano informou que custeou um posto de vigilância privada, 24 horas por dia, em frente ao quarto do ex-deputado durante todo o período de internação dele, "ante a completa ausência de escolta da Polícia Federal". Já a PF disse não ter identificado a necessidade de vigilância pelo fato de Jefferson usar tornozeleira eletrônica.
No mês passado, Moraes decidiu afastar o ex-deputado da presidência do PTB. O ministro entendeu que ele utilizava perfis em redes sociais e contas do partido para continuar incitando a violência, inclusive contra integrantes do Supremo, além de atacar instituições democráticas e espalhar notícias falsas.
Moraes disse ainda que o afastamento de Jefferson do comando do PTB se justifica porque no cargo ele "poderia dificultar a colheita de provas e obstruir a instrução criminal, direta ou indiretamente por meio da destruição de provas e de intimidação a outros prestadores de serviço e/ou integrantes do PTB".
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