Governador de SP, João Doria (PSDB), determinou que a concessionária Acciona identifique imediatamente as causas do acidenteDivulgação

São Paulo - O governador de SP, João Doria (PSDB), esteve, no início da tarde desta terça-feira, 1º, no local do desmoronamento ao lado de um poço das obras do Linha 6-Laranja do Metrô, na Zona Oeste de São Paulo. Ele se reuniu com engenheiros da Acciona, que é a concessionária responsável pela construção da Linha 6. Doria determinou rapidez para apuração das causas do acidente, que não deixou vítimas, e a elaboração de um plano emergencial de desobstrução do tráfego da Marginal Tietê no trecho afetado.

“Vim pessoalmente ao local para dar apoio aos funcionários da obra e moradores dos arredores que presenciaram o acidente. Felizmente, não houve feridos”, afirmou Doria ao chegar ao trecho afetado.

O governador determinou que a concessionária Acciona identifique imediatamente as causas do acidente. Além disso, a empresa deve elaborar, em conjunto com a Prefeitura de São Paulo, uma solução para normalização do trânsito na Marginal. “É a prioridade número um”, afirmou Doria.

Além disso, Doria também confirmou que a Acciona será questionada sobre as possíveis soluções de engenharia para que as obras da Linha-6 possam ser retomadas no menor prazo possível.

O objetivo do governo de São Paulo é que o cronograma da obra seja mantido em relação a prazos, mas com prioridade para a segurança de todos os trabalhos no local afetado pelo acidente.
Acidente
O desmoronamento ocorreu por volta das 9h, ao lado de um poço cavado por um equipamento que faz as escavações do metrô. Segundo o porta-voz do Corpo dos Bombeiros, capitão André Elias, a hipótese é de que o acidente ocorreu após um choque do Tatuzão (máquina de grande porte usada na escavação), mas ainda não sabe se foi atingida uma adutora ou se a água vem do leito do rio.

"A informação que nós temos é de que realmente essa máquina teria atingido alguma coisa, mas não cabe ao Corpo de Bombeiros saber realmente o que foi. Cabe à empresa que fez a obra e a toda a parte de engenharia do Metrô dar provimentos a isso", disse ele em entrevista à GloboNews.

"O que temos, do local, é de que pode ter sido o leito do rio ou de transporte de fluidos. Essa informação não temos". Todos os funcionários que estavam no local conseguiram sair após o vazamento. Dois trabalhadores, que tiveram contato com a água suja que invadiu o túnel, foram socorridos. Mergulhares chegaram a ser acionados para localizar possíveis vítimas.

A Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) e a construtora Acciona ainda não confirmaram a informação do rompimento de tubulação.

A STM informou, em nota, que "as causas do acidente serão apuradas, assim como a extensão dos danos à obra e às vias locais", disse, em nota.
*Com informações do Estadão Conteúdo