Secretário de Cultura afirma que Paulo Gustavo não morreu de Covid-19Reprodução/YouTube
Secretário da Cultura insinua em live que Paulo Gustavo não morreu de Covid-19
Segundo o boletim médico divulgado, a causa da morte do humorista foi Covid-19 e suas complicações
Durante uma live que foi ao ar no YouTube, o secretário especial de Cultura do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ator Mario Frias, insinuou, que o ator Paulo Gustavo não morreu vítima da Covid-19. Na tarde desta segunda-feira, 14, o bolsonarista afirmou que conversou com uma amiga do humorista quando ele ainda estava na UTI, em 2021, e que ela teria dito que o problema dele não era Covid.
De acordo com o último boletim médico divulgado, a causa da morte foi Covid-19 e suas complicações.
"Falei com essa amiga mais de uma hora no telefone, foi um telefonema bem emocionado, a gente estava ali consternado com a situação do Paulo e tal. E lá pelas tantas do telefonema, ela já chorando, falou: olha, o problema do Paulo já não é Covid há muito tempo. Veja bem o que eu estou falando: o problema do Paulo já não é Covid já muito tempo. Então, nesse telefonema que eu nunca abri para a imprensa, nunca abri para ninguém, ela disse com todas as letras que o caso, pouco antes do falecimento dele, que já não era Covid", disse Frias.
Frias ainda afirmou que Bolsonaro entrou em contato com a família do artista para prestar solidariedade e oferecer algum tipo de ajuda.
O ao vivo, que foi ao ar no canal do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e contou com a presença de André Porciúncula, encarregado da Lei Rouanet, criticou o Projeto de Lei Complementar (PLC) 73/2021, a chamada Lei Paulo Gustavo, que libera cerca de R$ 3,8 bilhões para a área cultural, como forma de amenizar a paralisação do setor causada pela pandemia.
O PLC 73/2021 foi aprovado no ano passado no Senado e vai para votação na Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 15.
Na aprovação da lei no Senado, Eduardo Bolsonaro a atacou, afirmando que “será o ‘Covidão’ da cultura”. Segundo ele, a proposta “nada mais é do que repasse obrigatório do governo federal para estados fazerem o que quiserem”.
Encampada pela oposição, a Lei Paulo Gustavo quer destravar parte dos recursos do Fundo Nacional da Cultura e do Fundo Setorial do Audiovisual, fundos públicos voltados para o fomento do setor cultural.
O governo Bolsonaro oficializou na última terça-feira, 8, por meio de uma nova Instrução Normativa (IN), uma série de mudanças na Lei Rouanet, cujo regulamento já havia sofrido alterações via portaria em julho de 2021. As medidas vinham sendo anunciadas, desde 1º de janeiro de 2022 por Porciuncula, em posts no Twitter. De acordo com Frias, a nova IN tem o objetivo de tornar a Lei Rouanet "mais justa e popular".
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.