Procurador Geral da República, Augusto Aras, já está em posse do novo documento enviado pela CPI da PandemiaFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Brasília - Nesta sexta-feira (18), o procurador-geral da República Augusto Aras seguiu o entendimento da Polícia Federal e pediu o arquivamento do processo que apura se o presidente Jair Bolsonaro cometeu prevaricação ao tomar conhecimento de supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. O processo é resultado de uma investigação originada pela CPI da Covid.
As suspeitas vieram a público após o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda revelar em depoimento que foi pressionado a assinar um documento que previa o pagamento antecipado para a compra da vacina indiana. A medida contraria o que estava previsto no contrato firmado com a empresa Precisa Medicamentos, intermediadora do laboratório Bharat Biotech no Brasil.
Segundo Miranda, ele contou o que havia acontecido a Bolsonaro. Entretanto, o presidente não pediu que a Polícia Federal abrisse uma investigação. No início deste mês, o relatório divulgado pela PF inocentava Bolsonaro. 
Este é o segundo arquivamento de processo envolvendo o presidente que é solicitado por Aras nesta semana. Na última quinta-feira (18), Aras também pediu que o processo que apura se Bolsonaro vazou dados de um inquérito da PF fosse arquivado sob o arqumento de que não houve prática de delito por parte do presidente.