São Paulo - Cinco réus presos acusados de roubar, matar e queimar uma família em janeiro de 2020, serão julgados nesta segunda-feira, 21, a partir das 10h (horário de Brasília), em Santo André (SP). O caso teve repercussão à época porque a filha das vítimas está envolvida nos assassinatos. Os crimes foram cometidos em Santo André e em São Bernardo do Campo.
O julgamento, que deverá durar até quarta-feira, 23, no Fórum de Santo André, segundo informações do G1. O julgamento ocorrerá de forma presencial, mas somente com as pessoas essenciais ao caso. Devido às restrições sanitárias pela pandemia de Covid-19, não haverá abertura ao público. Anaflávia Gonçalves, Carina Ramos e os outros três presos responderão por três crimes de homicídio triplamente qualificado.
O casal de empresários Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, e Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40, e o filho deles, o estudante Juan Victor Gonçalves, de 15, foram mortos com golpes na cabeça durante um assalto na casa em que moravam, em um condomínio fechado em Santo André.
Os corpos foram encontrados carbonizados dentro do carro da família no dia seguinte pela polícia, em 28 de janeiro de 2020, em São Bernardo do Campo.
Acusados e detidos preventivamente pelos crimes estão a filha do casal e irmã do garoto, Anaflávia Martins Gonçalves, e a então namorada dela, Carina Ramos de Abreu. Também foram presos os irmãos Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos, que são primos de Carina. O quinto preso é Guilherme Ramos da Silva, vizinho dos irmãos Ramos.
A filha do casal e sua ex-namorada alegam que não tinham intenção de matar a família, mas de roubá-la.
De acordo com a acusação feita pelo Ministério Público (MP), três criminosos armados (Juliano, Jonathan e Guilherme) entraram no imóvel com a ajuda da filha do casal e da namorada dela (Anaflávia e Carina). Os cinco queriam roubar R$ 85 mil que estariam num cofre, mas, como não encontraram o dinheiro, decidiram levar pertences das vítimas e matá-las.
Os réus serão julgados pelos crimes de roubo, assassinato (homicídio doloso qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou as defesas das vítimas) ocultação de cadáver e associação criminosa.
"As rés Ana Flávia e Carina agiram por cobiça, pretendendo alcançar o patrimônio das vítimas. Quanto aos acusados Jonathan, Juliano e Guilherme, a prova oral indica que agiram mediante promessa de recompensa", escreveu o juiz Lucas na decisão do ano passado, que levou os acusados a júri.
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