São Paulo - Nova pesquisa do Datafolha divulgada neste sábado (26) mostra que 51% das pessoas são a favor da suspensão de aplicativos de mensagem que não obedeçam às determinações da Justiça em relação à disseminação de notícias falsas. Segundo os dados, 43% se disseram contra a medida.
Conforme o instituto, 3% se declararam indiferentes ao tema e outros 3% não souberam opinar.
Para fazer o levantamento, o Datafolha ouviu 2.556 pessoas acima de 16 anos entre os dias 22 e 23, quatro dias após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ter pedido o bloqueio do aplicativo Telegram no Brasil. A suspensão foi revogada dois dias após as determinações impostas à plataforma serem integralmente cumpridas.
Com a proximidade das eleições neste ano, o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vêm tomando medidas para evitar disseminação de notícias falsas nas redes sociais e a interferência nas votações.
Em fevereiro, o TSE fez um acordo com oito plataformas (Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai), mas o Telegram não cumpriu os requisitos, assinando a parceria somente nessa sexta-feira (25).
De acordo com a pesquisa, entre os eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL), mais pessoas são contrárias à suspensão das redes que não cumpram as determinações da Justiça em relação aos eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem disputa a corrida presidencial.
Entre os eleitores de Bolsonaro, 58% não aprovam a medida, já entre os de Lula, a taxa é de 38%.
A concordância com o bloqueio dos aplicativos que não cumpram as regras é maior entre quem ganha mais de dez salários mínimos (58%). Nesse grupo, 31% são contra.
Já entre os que têm ensino superior, a taxa chega a 56%, sendo 40% contra.