Estudantes têm queimaduras de 1° e 2° grau após trote universitário na UFPRCorreio do ar
"A menina abriu a lata de creolina e falou: 'abaixa a cabeça'. Eu achei que fosse o menino que ia jogar água, porque eles estavam aplicando em grupo o trote. E ela jorrou, despejou nas minhas costas. No mesmo momento que caiu, que eu vi que ela começou a jogar no meu colega, eu comecei a gritar, porque tava doendo muito, ardia muito. Eu falei: gente, tá queimando, tá queimando", contou um calouro ao G1.
O delegado Pedro Lucena, que apura o caso, suspeita que os veteranos tenham misturado outro produto à creolina. O material recolhido passará por perícia para que seja identificado o que provocou as lesões. Segundo o fabricante da creolina, o contato com o produto pode causar dor de cabeça e estômago, além de vermelhidão na pele, náusea e tremores.
Depois do trote, 21 vítimas foram levadas para o Hospital Municipal de Palotina, que afirmou que os alunos tiveram queimaduras de 1° e 2° grau. Desse grupo, 20 tiveram alta na noite de quarta-feira, e uma garota, que desmaiou após inalar o produto, precisou ficar em observação, mas foi liberada na manhã desta quinta-feira, 31.
Também na quinta, quatro estudantes de medicina veterinária, com idades entre 21 e 23 anos, foram presos em flagrante por suspeita de lesão corporal grave e constrangimento ilegal. Segundo a polícia, eles confessaram que jogaram creolina nos novos alunos, mas a participação de mais pessoas ainda não foi descartada.
O delegado à frente do caso informou que o grupo ainda pode responder por tortura e cárcere privado caso seja comprovado que os calouros foram obrigados a permanecer em algum lugar.
A Universidade Federal do Paraná abriu um procedimento interno para apurar a conduta dos estudantes e informou que o grupo pode ser expulso da instituição. As investigações devem durar 60 dias.
“Eles serão julgados, com direito a ampla defesa, e a penalidade será aplicada. Em outra frente, estamos acolhendo as vítimas e prestando apoio neste momento difícil”, informou a diretora do campus de Palotina, Yara Moretto, ao Uol.
Yara também afirmou que o caso é um ato isolado e que a universidade não tinha conhecimento do trote.
"Já faz muito tempo que banimos o trote violento. Antes, isso era muito frequente por aqui. Incentivamos uma recepção organizada e festiva. Não temos nada a ver com organização desse trote infeliz. Estamos indignados", diz a diretora.
"A menina abriu a lata de creolina e falou: 'abaixa a cabeça'. Eu achei que fosse o menino que ia jogar água, porque eles estavam aplicando em grupo o trote. E ela jorrou, despejou nas minhas costas. No mesmo momento que caiu, que eu vi que ela começou a jogar no meu colega, eu comecei a gritar, porque tava doendo muito, ardia muito. Eu falei: gente, tá queimando, tá queimando", contou um calouro ao G1.
O delegado Pedro Lucena, que apura o caso, suspeita que os veteranos tenham misturado outro produto à creolina. O material recolhido passará por perícia para que seja identificado o que provocou as lesões. Segundo o fabricante da creolina, o contato com o produto pode causar dor de cabeça e estômago, além de vermelhidão na pele, náusea e tremores.
Depois do trote, 21 vítimas foram levadas para o Hospital Municipal de Palotina, que afirmou que os alunos tiveram queimaduras de 1° e 2° grau. Desse grupo, 20 tiveram alta na noite de quarta-feira, e uma garota, que desmaiou após inalar o produto, precisou ficar em observação, mas foi liberada na manhã desta quinta-feira, 31.
Também na quinta, quatro estudantes de medicina veterinária, com idades entre 21 e 23 anos, foram presos em flagrante por suspeita de lesão corporal grave e constrangimento ilegal. Segundo a polícia, eles confessaram que jogaram creolina nos novos alunos, mas a participação de mais pessoas ainda não foi descartada.
O delegado à frente do caso informou que o grupo ainda pode responder por tortura e cárcere privado caso seja comprovado que os calouros foram obrigados a permanecer em algum lugar.
A Universidade Federal do Paraná abriu um procedimento interno para apurar a conduta dos estudantes e informou que o grupo pode ser expulso da instituição. As investigações devem durar 60 dias.
“Eles serão julgados, com direito a ampla defesa, e a penalidade será aplicada. Em outra frente, estamos acolhendo as vítimas e prestando apoio neste momento difícil”, informou a diretora do campus de Palotina, Yara Moretto, ao Uol.
Yara também afirmou que o caso é um ato isolado e que a universidade não tinha conhecimento do trote.
"Já faz muito tempo que banimos o trote violento. Antes, isso era muito frequente por aqui. Incentivamos uma recepção organizada e festiva. Não temos nada a ver com organização desse trote infeliz. Estamos indignados", diz a diretora.
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