Ex- ministro Sergio MoroMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Alvaro Dias diz que Moro seria aceito novamente no Podemos
Para o senador, o retorno faria 'valorizar' o partido pela importância e força eleitoral em razão de sua atuação na operação Lava Jato
O senador Alvaro Dias (Podemos) afirmou que o ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) seria aceito novamente no partido. Para o parlamentar, o retorno faria "valorizar" a legenda, que até a última semana tinha o ex-ministro como seu pré-candidato à presidência.
Em entrevista ao portal Congresso em Foco, ele disse que aceitaria sem nenhum problema o ex-juiz. "Eu não teria dificuldade em recebê-lo, e imagino que o partido também não", disse ao site. Ainda segundo ele, Moro tem grande importância e força eleitoral graças à sua atuação na operação Lava Jato, que teria "mudado o país", segundo ele.
O senador comentou que o ex-juiz já mostrado interesse em fazer a mudança de partido. "Desde o ano passado já havia entendimento com o União Brasil da parte dele. Ele percebeu que o enfrentamento (estando no Podemos) seria desproporcional", disse Dias.
Ele ainda acrescentou que a saída de Moro não mudou a visão de seu partido sobre ele. No entanto, a presidente da sigla, Renata Abreu, divulgou nota na semana passada que demonstrou o aborrecimento com a atitude do ex-juiz de trocar de partido. "O Podemos jamais mediu esforços para viabilizar a pré-campanha", disse ela, que soube da filiação ao União Brasil pela imprensa.
Após quatro meses desde o evento de filiação, Moro deixou o Podemos na quinta-feira passada, 31, para fazer do União Brasil, fusão entre PSL e DEM. De acordo com ele, a mudança foi em razão da falta de estrutura que sua campanha enfrentaria na sigla e pela busca por uma estabilidade no país. "O Brasil precisa de uma alternativa que livre o país dos extremos, da instabilidade e da radicalização. Por isso, aceitei o convite do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, para me filiar ao partido e, assim, facilitar as negociações das forças políticas de centro democrático em busca de uma candidatura presidencial única", disse ele.
Em razão da troca de sigla, Moro precisou abrir mão da candidatura à presidência da República e disse que a decisão foi pela democracia. "A troca de legenda foi comunicada à direção do Podemos, a quem agradeço todo o apoio. Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor", afirmou.
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