Jair Bolsonaro (PL)Isac Nobrega
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) diz ter identificado, no Portal da Transparência e no Painel de Preços do governo federal, oito pregões homologados em 2020 e 2021 para a compra do medicamento conhecido por tratar a disfunção erétil. O líder do PSB na Câmara, Bira do Pindaré (MA), já começou a recolher assinaturas para instalar o que chamou de "CPI do Viagra".
Bolsonaro recebe evangélicos no Palácio da Alvorada nesta manhã em encontro que não consta da agenda oficial do presidente, como orienta a legislação, e no momento em que o governo quer reforçar laços com o segmento religioso para enfrentar o ano eleitoral.
Os relatórios também mostraram que a pasta adquiriu substâncias como Minoxidil e Finasterida, os dois principais meios de combate à calvície masculina. O custo foi de R$ 2,1 mil empenhados entre 2018 e 2020.
Após descobrir as compras, que foram autenticadas em 2020 e 2021 e seguem válidas no ano de 2022, o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou ao Ministério da Defesa uma solicitação na qual pede explicações sobre os processos de compra do medicamento.
"Precisamos entender por que o governo Bolsonaro está gastando dinheiro público para comprar Viagra e nessa quantidade tão alta. As unidades de saúde de todo o país enfrentam, com frequência, falta de medicamentos para atender pacientes com doenças crônicas, como insulina, e as Forças Armadas recebem milhares de comprimidos de Viagra. A sociedade merece uma explicação", declarou o parlamentar.
Depois da divulgação do caso, a Marinha e a Aeronáutica se manifestaram e afirmaram que as licitações visam ao tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), "uma síndrome clínica e hemodinâmica que resulta no aumento da resistência vascular na pequena circulação, elevando os níveis de pressão na circulação pulmonar”.
Ainda de acordo com a instituição, essa síndrome "pode ocorrer associada a uma variedade de condições clínicas subjacentes ou a uma doença que afete exclusivamente a circulação pulmonar", além de ser uma “doença grave e progressiva que pode levar à morte”. Já o Exército não se pronunciou.
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