Eduardo Bolsonaro presta homenagem e chama general Newton Cruz de 'herói nacional'
Filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o ex-chefe do SNI foi responsável por permitir que o Brasil continuasse 'livre' a partir de 1964, início da ditadura militar no país
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (União Brasil-SP) se manifestou sobre a morte do general Newton Cruz, ex-chefe da Agência Central do Serviço Nacional de Informações (SNI), que morreu aos 97 anos na sexta-feira passada, 15, a quem chamou de "herói nacional". O filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) homenageou o militar e afirmou que ele foi responsável por permitir que o Brasil continuasse "livre" a partir de 1964, início da ditadura militar no país.
Em uma publicação no Twitter, Eduardo escreveu: "Morreu o General Newton Cruz, um grande herói da resistência brasileira contra o comunismo em favor da liberdade. Graças à ação dele e de inúmeros outros corajosos militares, nosso país seguiu livre em 1964. Obrigado pelos seus serviços, meus sentimentos à família. Brasil!".
Morreu o General Newton Cruz, um GRANDE HERÓI da resistência brasileira contra o comunismo em favor da liberdade.
Graças à ação dele e de inúmeros outros corajosos militares, nosso país seguiu livre em 1964.
A informação da morte do general foi confirmada pelo Comando Militar do Leste (CML). O general estava internado no Hospital Central do Exército, em Benfica, na Zona Norte do Rio, e sua morte foi em decorrência de causas naturais. Ele foi chefe do SNI entre os anos de 1977 e 1983.
O general não chegou a ser condenado ou preso pelas acusações de crimes na ditadura militar. Em 2014, ele foi denunciado pelo Ministério Pública Federal (MPF) por participação no atentado a bomba do Riocentro em 1981. Porém, a Justiça Federal concedeu habeas corpus meses depois aos cinco militares e delegado ligados ao caso.
Uma entrevista ficou conhecida pela agressividade do general. Em 1983, durante uma entrevista coletiva, o general mandou um jornalista calar a boca, pegou pelo braço e o arrastou. Em seguida, ele chamou o profissional de "moleque" e o obrigou a pedir desculpas.
No mesmo ano, Newton Cruz foi acusado pela participação no assassinato do jornalista Alexandre von Baumgarten, ex-diretor da extinta revista O Cruzeiro. Uma reportagem da revista Veja apontava que o general era a pessoa mais interessada em sua morte. No entanto, ele foi julgado e absolvido pelo crime em 1992. Na Comissão da Verade, o general foi apontado como um dos 377 militares que praticaram crimes durante a ditadura.
Ele chegou a ser candidato ao governo do Rio pelo PSD em 1994, mas terminou em terceiro colocado no primeiro turno, atrás de Marcello Alencar (PSDB) e Anthony Garotinho (PDT). Ele deixa quatro filhos.
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