Gabriel Luiz foi atacado em um estacionamentoReprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu, nesta segunda-feira, 25, a investigação sobre o crime contra o jornalista da TV Globo Brasília, Gabriel Luiz, de 29 anos, que foi atingido por 10 facadas na noite de 14 de abril. Segundo o delegado delegado Douglas Fernandes, chefe da 3ª Delegacia de Polícia, do Cruzeiro, o crime "foi um latrocínio tentado". O caso já foi encaminhado ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que tem o prazo de até cinco dias para oferecer denúncia. As informações são do jornal O Globo.
O repórter, de 28 anos, foi esfaqueado, na noite de quinta-feira, 14, no estacionamento perto de sua casa. O jornalista foi atingido diversas vezes e precisou ser internado. Gabriel deixou a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Brasília, na terça-feira, 19. 
As câmeras de segurança de prédios vizinhos registraram o momento da aproximação dos suspeitos. Primeiramente, aparece um suspeito e logo em seguida chega outro, atrás. Um pouco depois a dupla ataca o jornalista. Os dois conseguiram fugir após o ataque.
"Ele recorda que esses dois elementos teriam se aproximado dele e que ambos teriam, antes de qualquer agressão, teriam mencionado 'acabou' ou 'perdeu'. Gabriel não recorda exatamente qual palavra foi e que no momento seguinte, logo depois, começaram as agressões com faca", disse o delegado Petter Ranquetat.
O inquérito já foi encaminhado para a Justiça e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) tem o prazo de até cinco dias para oferecer denúncia. Além de Gabriel, outras 16 pessoas foram ouvidas.
O delegado disse que depoimento do jornalista durou cerca de uma hora, e que Gabriel confirmou que um dos jovens o segurou, enquanto o outro o esfaqueou.

Ele contou que pediu aos assaltantes que levassem todos os seus pertences e que gritou para que parassem. Gabriel também relatou ter ouvido um vizinho gritar, da janela, "estou filmando", e que, por isso, os agressores correram.
Segundo a polícia o depoimento de Gabriel confirma que o que houve foi um "latrocínio tentado".
"Não houve nada nos depoimentos que nos levasse a qualquer outra conclusão que não fosse o latrocínio tentado", diz o delegado Douglas Fernandes.
"O Gabriel narrou que, pela quantidade de facadas, eles tinham o intuito de matá-lo. Mas os fatos, a conjugação do com a subtração, é latrocínio tentado", diz o delegado.