Hamilton Mourão se distância de Bolsonaro ao elogiar presidente ucraniano Volodymyr ZelenskyValter Campanato/ Agência Brasil
Ciente da crise causada pelo indulto na relação entre os poderes, Mourão avaliou que é preciso "manter a calma". "Agora, o Supremo julga aí o que ele achar. Na minha visão, acho que tem que se manter a calma e vamos evitar que algo que é muito pequeno se torne uma onda gigantesca", disse.
No mesmo tom de pacificação, o general evitou reiterar críticas ao ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que declarou no final de semana que as Forças Armadas estão sendo usadas para desacreditar o sistema eleitoral no Brasil.
Na segunda-feira, 25, em entrevista à Gaúcha Zero Hora, o general da reserva reagiu a Barroso e disse que as Forças Armadas não eram crianças para receber orientações. "O ministro sabe da minha posição. Tá encerrada. Aquilo que eu falei, temos que manter a calma, vamos evitar que as coisas pequenas se transformem num tsunami", acrescentou o vice-presidente há pouco.
Aos jornalistas no Planalto, Mourão ainda minimizou as tensões entre Bolsonaro e o presidente reeleito da França, Emmanuel Macron, e seus impactos para os dois países.
O vice-presidente também revelou que vai viajar para o Uruguai na semana que vem, enquanto Bolsonaro estiver na Guiana. Como mostrou reportagem do Broadcast Político, o vice-presidente não pode assumir o comando do País até as eleições, ou fica impedido pela lei eleitoral de disputar o Senado pelo Rio Grande do Sul. Por isso, toda vez que Bolsonaro se ausentar da Presidência, Mourão terá de viajar.
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