O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira, 27, um prazo para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) informe se vai denunciar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil) no inquérito sobre interferência política na Polícia Federal (PF) ou se vai pedir o arquivamento da investigação. A PGR ainda pode solicitar mais diligências antes de apresentar seu parecer.
"Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para manifestação", escreveu o ministro.
Em relatório entregue no mês passado, o delegado federal Leopoldo Soares Lacerda entendeu que Bolsonaro agiu dentro dos limites de suas atribuições ao promover trocas em postos de comando da Polícia Federal.
Em depoimento, o ex-juiz afirmou que a mudança no comando da PF teria sido solicitada por Bolsonaro porque o presidente 'precisava de pessoas de sua confiança, para que pudesse interagir, telefonar e obter relatórios de inteligência'.
Bolsonaro admitiu aos agentes da PF que pediu trocas na diretoria-geral e nas superintendências e disse que o ex-ministro da Justiça condicionou as substituições a uma vaga no STF.
Cabe agora à PGR avaliar se propõe o arquivamento do caso, se pede mais diligências ou se oferece denúncia, uma acusação formal à Justiça.
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