Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave voltam a crescer em adultos
Dados divulgados pela Fiocruz mostram que 14 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo
Rio - 29/04/2020 - COVID 19 - CORONAVIRUS - Movimentacao de pessoas com mascaras nas calcadas do bairro da Tijuca. SEM MASCARA. Foto: Daniel Castelo Branco / Agencia O Dia - Daniel Castelo Branco
Rio - 29/04/2020 - COVID 19 - CORONAVIRUS - Movimentacao de pessoas com mascaras nas calcadas do bairro da Tijuca. SEM MASCARA. Foto: Daniel Castelo Branco / Agencia O DiaDaniel Castelo Branco
O novo Boletim do InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira, 5, aponta para um possível início de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na população adulta em diversos estados ao final do mês de abril, refletindo na curva nacional.
Os dados divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram que 14 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana epidemiológica 17 (última semana de abril): Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.
Para o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, no momento, a principal suspeita é que esse sinal de possível aumento na população adulta esteja associado a Covid-19, que tem apresentado leve crescimento na positividade entre os casos leves, mas pode também estar associado a um eventual retorno do vírus Influenza A (gripe).
"Os dados laboratoriais associados aos casos de SRAG ainda não nos permitem precisar. As próximas atualizações poderão trazer maior clareza. De qualquer forma, é importante que a rede laboratorial esteja atenta a possibilidade de circulação simultânea desses dois vírus respiratórios, testando para ambos sempre que possível para que possamos ter dados adequados para a caracterização de quais desses vírus estão causando essas internações", afirmou Marcelo.
Embora não se destaque no dado nacional, o Boletim alerta que o vírus Influenza A vem sendo observado em diversas faixas etárias no estado do Rio Grande do Sul, especialmente nas últimas cinco semanas.
Nas crianças de 0 a 4 anos, o estudo mostra que o aumento de SRAG foi marcado pelo crescimento nos casos positivos para vírus sincicial respiratório (VSR) e leve aumento nos casos de rinovírus.
No grupo de 5 a 11 anos, observa-se sinal de interrupção de queda nos resultados positivos para Covid-19 na segunda quinzena de fevereiro e aumento na detecção de outros vírus respiratórios no mês de março, com predomínio de positivos para rinovírus.
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