Numa rara aparição de máscara, o presidente Jair Bolsonaro desembarca no avião presidencial para o encontro do Vladmir Putin, na RússiaDivulgação/Palácio do Planalto

Brasília - Responsável pela proteção do presidente Jair Bolsonaro (PL), o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) está disposto a gastar até R$ 1,7 milhão na compra de alimentos e utensílios de cozinha para abastecer as aeronaves da presidência da República.
Na lista que consta no edital do pregão eletrônico há pratos, copos, isopor, assim como bebidas variadas. O gasto com refrigerante, por exemplo, pode chegar a R$ 62 mil e com café, aproximadamente R$20 mil. O documento aponta ainda que a União pagará até R$ 13 mil em lanches para serem servidos nos aviões - cada um deles ao custo máximo de R$ 66,10. Para almoço e jantar, o valor desembolsado pode chegar a R$ 103 mil por 600 refeições solicitadas. Com opções de café da manhã, o teto é de cerca de R$ 70 mil.
Desde que assumiu o Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro costuma adotar um discurso de corte de gastos presidenciais. Ele já falou, por exemplo, que escolhe quartos de hotel simples durante suas viagens e que, quando se hospedou em unidades mais luxuosas, as despesas ficaram a cargo do governo local.
Numa visita a Resende, no Rio, ele mostrou as acomodações do Hotel de Trânsito e Oficiais e disse que o preço da diária era R$ 90. No Qatar, exibiu o quarto luxuoso e disse que teve 'custo zero' porque foi bancado pelas autoridades locais.
Em 2021, quando viajou para Nova York, Bolsonaro foi fotografado comendo pizza com a mão ao lado dos ministros. Em 2019, quando foi para Davos, almoçou em um restaurante 'bandeijão'. Na viagem para João Pessoa, nesta quinta-feira, postou um vídeo cumprimentando apoiadores quando saiu para ir a uma pizzaria.