Rio - A aprovação do uso de câmeras nos uniformes policiais militares superou a marca de 90% no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais. Foi o que revelou a pesquisa do instituto Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 7. Entre os entrevistados sobre o uso da tecnologia que monitora a conduta dos agentes em ação, como aposta para reduzir os números de violência ou abuso de autoridade, apenas 7% se posicionaram contra nos três estados.
O estudo contemplou o período entre o fim de junho e o início de julho e escutou pessoas a partir dos 16 anos. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
A balanço revelou a aprovação de 92% da população do Rio de Janeiro quanto ao uso de câmeras nos uniformes dos policiais do estado. Do total de entrevistados, apenas 6% dos habitantes fluminenses se mostraram contrários à iniciativa. Após o anúncio do governador Cláudio Castro, a PM do Rio passou a utilizar o equipamento de filmagem nos uniformes no dia 30 de maio.
Cerca de 3.779 policiais militares, distribuídos em 92 municípios do estado, já tiveram câmeras instaladas em seus uniformes. Por ora, 19 batalhões da capital, da Região Serrana e da Região Norte e Noroeste foram agraciados com a tecnologia, cerca de 8,7% do efetivo ativo da Polícia Militar.
Minas Gerais e São Paulo Nos vizinhos, São Paulo e Minas Gerais a aprovação do equipamento de monitoramento teve 91% e 92%, respectivamente. A maior cidade do país foi a primeira a adotar o equipamento que tem o desafio de reduzir a letalidade e violência policial no dia a dia. Entre junho e setembro de 2021, o número de mortes em ações policiais caiu 46% em todo o estado, na comparação com o mesmo período de 2020.
Em Minas Gerais apenas 7% da população foi contra a iniciativa. O equipamento, no entanto, não está ativo no estado. O governo mineiro, no entanto, reiterou a intenção de utilizar a tecnologia em todo o estado até o fim do ano.
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