Menina Ághata morreu 12 dias após o acidenteReprodução

Um homem saiu para passear com a enteada, de 2 anos, se envolveu em um acidente e entregou a menina desacordada para a mãe. Segundo ele, a criança "havia dormido". Gian Gabriel Fraga havia acabado de deixar a cadeia quando decidiu pegar um carro emprestado com um amigo e levar junto Agatha Rafaella de Mattos, filha da companheira. Ele bateu contra um poste e a vítima desmaiou. Doze dias depois, ela não resistiu e morreu, no último sábado, 09. Caso aconteceu em Bertioga, no litoral de São Paulo. 
A mãe da menina, Alessandra de Mattos, notou que Ághata estava desacordada quando chegou com o padrasto e levou a filha para o Hospital Municipal de Bertioga. Ela foi transferida para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá, mas morreu na unidade. Gian saiu do local após uma briga com a mãe da criança e não foi mais encontrado.
Segundo a Polícia Militar de São Paulo, Gian havia sido preso por tráfico de drogas dias antes, na Rua General Osório, no bairro Jardim Paulista, no Centro da cidade. Os agentes faziam um patrulhamento na região e avistaram o rapaz que tentou fugir. O jovem se escondeu em uma casa, mas foi localizado pelos policiais. No momento da prisão, ele estava embaixo de uma cama com uma sacola com 39 pedras de crack e seis tabletes de maconha, entre outras coisas.
O rapaz passou por audiência de custódia no dia seguinte à prisão e ganhou o direito a liberdade provisória com medidas cautelares a serem cumpridas como, obrigação de comparecer ao Fórum a cada dois meses, e a proibição de sair ou mudar de cidade ou de endereço sem ter autorização prévia do juízo.
Logo depois de sair da cadeia, Gian pegou um carro emprestado e disse à mãe da menina que iria levar a criança para passear. Alessandra alegou que estava tomando banho quando o companheiro chegou em casa dizendo que iria sair com a filha. Quando o homem voltou, a mulher saiu com a menina para o pronto-socorro. Lá, testemunhas dizem que o casal discutiu e o rapaz foi embora. 
Agatha chegou ao hospital em estado gravíssimo e com politraumatismo. A menina morreu 12 dias após o acidente. Fraga não é considerado foragido pois ganhou o benefício da liberdade provisória. No entanto, policiais entrarão com pedido de prisão preventiva contra ele. Segundo os agentes, a menina estava sem cinto e sem cadeirinha. Além disso, não ter recorrido ao socorro agravou a situação de Gian.