Arthur Lira defende urnas eletrônicas durante convenção do PPReprodução

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, defendeu o sistema eleitoral durante uma convenção do Partido Progressista (PP) nesta quarta-feira, 27, em Brasília. O parlamentar discursou durante o encontro que que aprovou a coligação com o Partido Liberal (PL) e o apoio à reeleição de Jair Bolsonaro. A fala ocorre nove dias após uma reunião entre o presidente e embaixadores no Palácio do Planalto, onde o tema foram as urnas eletrônicas.
"Eu não queria aproveitar o momento, formal e festivo, para fazer qualquer tipo de justificativa pública ou privada, mas eu queria só deixar um recado bem claro, óbvio. E quem me conhece de maneira transparente e reluzente, como a gente diz no Nordeste, a Câmara dos Deputados fala quando é necessário falar. Não quando querem obrigá-la a falar. Eu dei mais de 20 mensagens mundo afora e no Brasil de que sempre fui a favor da democracia e de eleições transparentes e confio no sistema eleitoral", disse o aliado de Bolsonaro.
Lira completou: "instituições no Brasil são fortes, perenes e não são e nunca serão redes sociais. Não podemos banalizar as palavras das autoridades no Brasil. Não farão isso com a Câmara enquanto eu for presidente", defendeu.
Já o senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse acreditar nas urnas, mas que o sistema deve ser aperfeiçoado. "Só não acho que elas são infalíveis. Isso aí eu sempre disse. Não há nada que não possa ser aperfeiçoado. Mas eu acredito totalmente", destacou. Segundo ele, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve estar sensível a esta questão. "Quanto mais transparência e aperfeiçoamento, melhor", afirmou o ministro sem dar detalhes. 
Bolsonaro também disse que é a favor da democracia. Esta semana uma carta foi divulgada no site da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) defendendo as urnas eletrônicas e o documento chegou a cem mil assinaturas em poucas horas. O presidente se manifestou também sobre o caso.
"Defendemos a democracia. Não precisamos de nenhuma cartinha para falar que defendemos a democracia. Não precisamos, então, de apoio ou de sinalização de quem quer que seja para mostrar que o nosso caminho é a democracia, a liberdade, é o respeito à Constituição", afirmou o presidente.