Moradores usam canoas para fazer a travessia Reprodução/Associação Amigos e Defensores da BR-319

Manaus - Uma ponte sobre o Rio Autaz Mirim, no Amazonas, desabou na noite deste sábado, 8, próximo ao km 25 da BR-319. A rodovia já estava interditada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e ninguém se feriu. A queda é a segunda em menos de duas semanas e isola ainda mais a população local. No dia 28, a ponte sobre o Rio Curuçá desmoronou e deixou ao menos três mortos.
Em nota, a Polícia Rodoviária Federal do Amazonas informou que os moradores próximos foram removidos do local neste sábado, 7, "para a segurança de todos". Ainda no sábado, o governador do estado, Wilson Lima, anunciou que uma mobilização seria feita para reparar o local. "Amanhã mais uma equipe do governo federal chega ao Amazonas para avaliar como resolver o acesso na área. Mais uma vez o Estado está à disposição do DNIT para ajudar no que for preciso", disse.
A estrutura é o único acesso terrestre do estado ao resto do país e alguns municípios que dependem dela passam por problemas de desabastecimento, como falta de alimentos, gasolina e insumos desde a queda da primeira ponte. Para chegar ao outro lado, as pessoas estão utilizando canoas.
O trecho atingido da BR-319 liga Manaus ao estado de Rondônia e é caminho para cidades como Autazes, Careiro Castanho e Manaquiri. Antes do desabamento, a ponte estalou e assustou motoristas que passavam no local, de acordo com relato de presentes no momento. Após isso, foi confirmada a interdição.

Em setembro, no incidente em Curuçá, a travessia também apresentava problemas e, por isso, tinha circulação limitada apenas a veículos leves. Após o ocorrido, o governo estadual afirmou que construiria uma estrutura metálica de forma provisória, o que ainda não saiu do papel.
A PRF junto aos outros órgãos responsáveis investigam o desabamento sobre o Rio Autaz Mirim "para a elaboração do laudo técnico". Quanto ao primeiro desabamento, a Polícia Civil do Amazonas, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal seguem em investigações para identificar os responsáveis.