Rede Genômica Fiocruz identifica surgimento de nova variante da Ômicron Camila Boehm/Agência Brasil
Naveca destaca que um dos fatores que facilita a identificação de novas variantes é que o Amazonas tem a maior cobertura de sequenciamento do Sars-CoV-2 do Brasil, em função do número de casos confirmados, a qual é a medida utilizada pela OMS. “Como fazemos a vigilância em um percentual grande de casos, trabalhando em parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde do estado e o LACEN/AM, conseguimos fazer essas identificações de maneira precoce e explicar como se deu o surgimento das variantes”, ressalta o virologista.
A BE.9 é uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, ou seja, é uma Ômicron da linhagem BA.5. Naveca afirma que, em função das mutações encontradas na BA.5.3.1 do Amazonas, foi solicitado, ao comitê responsável pela classificação das linhagens (PANGOLIN, localizado no Reino Unido), que fosse criada uma designação própria para essa sublinhagem, agora chamada oficialmente de BE.9. Naveca explica que as duas subvariantes (BQ.1 e BE.9) compartilham algumas das mesmas mutações, mas que ambas não parecem provocar o aumento do número de casos graves, ao menos até o momento.
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