Posto de concessionária em rodovia bloqueada por protesto no MT é incendiadoReprodução
Peritos da Policia Federal chegaram ao local na manhã deste domingo (20). As investigações serão conduzidas pela Policia Rodoviária Federal (PRF), segundo a Polícia Civil de Lucas do Rio Verde. As Forças de Segurança do Mato Grosso divulgaram um vídeo de câmera de segurança que mostra o momento do ataque.
Outro vídeo que circula nas redes sociais mostra os funcionários da concessionária em pânico após o ataque. Um deles afirma que os agressores "chegaram atirando" e mandaram os trabalhadores saírem. Outro funcionário afirma que o grupo "quebrou tudo", jogou gasolina na base e ateou fogo à estrutura.
Rodovias interditadas com mais violência
Dois dias depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes bloquear contas e confiscar bens de suspeitos de organizar e financiar atos antidemocráticos, manifestantes voltaram a bloquear rodovias em Mato Grosso.
Dos 43 suspeitos de financiar protestos identificados, 34 são de Mato Grosso, a maioria ligada aos setores de transportes e agronegócio. Os financiadores identificados vêm das cidades de Sorriso (21 suspeitos), Água Boa (4), Cuiabá (2), Nova Mutum (2), Tapurah (2), Campo Novo do Parecis (1) e Guarantã do Norte (1).
Nesta segunda onda de protestos, informações policiais indicam a adoção de táticas mais violentas, como uso de armas de fogo, apedrejamento e fogo em veículos. Nas convocações para as manifestações nos grupos de WhatsApp, os participantes prometem intimidar quem tentar "furar os bloqueios".
Na sexta-feira, manifestantes bolsonaristas incendiaram um carro durante bloqueio em outro trecho da mesma rodovia, em Dourados, em Mato Grosso do Sul. O grupo ateou fogo em uma barricada de pneus no momento em que o automóvel passava pelo local. O motorista conseguiu sair do veículo em chamas sem ferimentos.
Neste domingo, a PF e a PRF abriram uma operação sobre os bloqueios no Mato Grosso do Sul. Os policiais cumprem três mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva na operação batizada de Unlock. As ordens foram expedidas pela Justiça Federal em Dourados (MS).
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