Rui Costa, futuro chefe da Casa CivilReprodução/ Facebook

Brasília - Nos últimos dias de mandato, o presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria colocando em prática um plano para evitar a própria prisão e a dos filhos no futuro. É o que afirma o deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM). De acordo com o parlamentar, o atual chefe do Executivo não tem se manifestado aos atos antidemocráticos de apoiadores porque pretende negociar uma possível anistia aos crimes dos quais pode ser acusado ao deixar a presidência.
"O silêncio dele no público é contraditório com as manifestações das redes sociais dos agentes dele, que instigam a população a manter esse tipo de mobilização antidemocrática. Os gestos que observei nos bastidores em Brasília mostram que tudo isso que está acontecendo é porque Bolsonaro está apavorado com a hipótese dele e dos filhos responderem pelos crimes que cometeram", afirmou o deputado, durante entrevista ao canal da 'Carta Capital' no YouTube.
Ainda de acordo com Ramos, uma das estratégias de Bolsonaro é "manter o país em ebulição" para ter uma forma de negociar algum perdão pelas acusações que provavelmente enfrentará. "Ele tensiona, justifica que só ele pode diminuir essa tensão, mas que para diminuí-la ele precisa de uma garantia que não vai responder pelos crimes que cometeu", apontou.
O parlamentar ainda destacou que aliados já tem tentando algumas ações práticas, entre elas, uma
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para criar o cargo de senador vitalício, ocupado por ex-presidentes, que daria imunidade parlamentar ao ex-capitão.
"Os emissários dele vivem agindo aqui nos bastidores do Parlamento e do Judiciário com essa tese de senador vitalício. É importante que fique claro que o processo de pacificação que o País vai viver não passa por anistiar criminosos. Portanto, essa estratégia dele vai falhar", concluiu.