O presidente Jair Bolsonaro nomeou o general Júlio Cesar de Arruda para comandar interinamente o Exército a partir de sexta-feira, 30. Arruda foi o escolhido pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para chefiar a Força em seu governo. O decreto foi publicado nesta quarta-feira, 28, no Diário Oficial da União (DOU), quatro dias antes da posse de Lula. Arruda foi exonerado de sua posição anterior, de chefe do Departamento de Engenharia e Construção.
A antecipação da data de nomeação do novo comandante coincide com o aumento da pressão para que autoridades responsáveis pela segurança pública acabem com a aglomeração de bolsonaristas no entorno do Quartel-General do Exército, em Brasília. A nomeação definitiva deverá ser assinada por Lula, quando o presidente eleito assumir.
Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, a expectativa no entorno de Lula é que, com a troca no comando, mude o tratamento dado aos manifestantes extremistas, já que o acampamento, em área militar, passou a ser classificado por futuros ministros já indicados como "incubadora" de terroristas e de atos violentos.
O nome de César de Arruda já havia sido anunciado pelo futuro ministro da Defesa de Lula, José Múcio Monteiro. Múcio também já anunciou os nomes dos futuros comandantes da Marinha, almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno.
Kanitz deve assumir o comando na segunda-feira, 2, de acordo com Múcio. O futuro ministro da Defesa ainda não informou quando Olsen começará no posto.
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