Os líderes políticos internacionais criticaram a invasão de manifestantes bolsonaristas à Praça dos Três Poderes e prestaram apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) neste domingo, 8, em Brasília. Os prédios do Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF) foram depredados por vândalos que não aceitam o resultado das eleições com intenções golpistas que não aceitam a vitória de Lula nas urnas em 2022.
Já o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, foi o primeiro a prestar solidariedade ao presidente Lula e sugeriu uma reunião de urgência da Organização dos Estados Americanos (OEA). "Propusemos o fortalecimento do sistema interamericano de direitos humanos aplicando as normas vigentes e ampliando a carta aos direitos das mulheres, ambientais e coletivos, mas a resposta são golpes parlamentares ou golpes violentos da extrema direita", escreveu o líder colombiano no Twitter.
Petro afirmou que é urgente a OEA se reunir se quiser "seguir viva como instituição". O presidente da Colômbia disse que, na visão dele, a direita não tem conseguido manter o pacto de não violência. "Toda minha solidariedade ao Lula e ao povo brasileiro. O fascismo decide atacar", emendou o líder internacional.
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, se solidarizou com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e convocou a região a se unir contra "a reação antidemocrática". "Quero expressar meu repúdio ao que está acontecendo em Brasília. Meu apoio incondicional e do povo argentino a @LulaOficial diante dessa tentativa de golpe que está enfrentando", escreveu Fernández nas redes sociais.
O presidente argentino também pediu para que os países demonstrem "com firmeza e união nossa total adesão ao governo eleito democraticamente pelos brasileiros liderado pelo presidente Lula".
"Estamos juntos com o povo brasileiro para defender a democracia e nunca mais permitir a volta dos fantasmas golpistas promovidos pela direita", insistiu. Por sua vez, o chanceler argentino, Santiago Cafiero, expressou sua solidariedade a Lula "diante das ações golpistas de direita no Brasil" e ergueu "sua voz em defesa da democracia brasileira", escreveu.
O presidente da França, Emmanuel Macron, também repudiou os atos antidemocráticos. "A vontade do povo brasileiro e as instituições democráticas devem ser respeitadas! O presidente Lula pode contar com o apoio incondicional da França", publicou Macron.
Dos Estados Unidos, a mensagem de apoio veio do secretário de Estado Antony Blinken, que afirmou que as imagens dos atos de vandalismo são "inaceitáveis". Os Estados Unidos "condenam qualquer tentativa de fragilizar a democracia" no Brasil.
"O presidente americano, Joe Biden, acompanha de perto a situação e nosso apoio às instituições democráticas do Brasil é inquebrantável. A democracia do Brasil não será sacudida pela violência", destacou Sullivan.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, classificou como "covarde e vil" as ações de manifestantes de extrema direita que depredaram e atearam fogo em trechos de sedes dos Três Poderes.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, expressou sua "condenação absoluta" ao ataque aos prédios públicos. "Apoio total ao presidente Lula da Silva, eleito democraticamente por milhões de brasileiros, em eleições justas e livres", escreveu Michel.
O mesmo apoio foi expresso pelo chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, que se disse "consternado" pelos atos de "extremistas violentos". A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse estar "profundamente preocupada" e que "a democracia deve ser sempre respeitada".
Ela acrescentou em um tuíte em português que o Parlamento europeu está "ao lado" do presidente Lula "e de todas as instituições legítimas e democraticamente eleitas".
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