AGU pede que STF determine a prisão em flagrante de Anderson Torres
Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando bolsonaristas radicais invadiram o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto neste domingo (8)
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e todos os envolvidos nos atos golpistas que acontecem neste domingo, 8, na Praça dos Três Poderes. Além disso, exige a determinação imediata às plataformas de rede social para que removam conteúdo que incita atos de vandalismo.
"Igualmente, solicito que as empresas de telecomunicações, em especial as provedoras de serviço móvel pessoal, que guardem por 90 dias registros de conexão suficientes para definição ou identificação de geolocalização dos usuários que se encontram nas imediações da Praça dos Três Poderes e no Quartel General do Exército no DF", disse a AGU em nota.
"O mundo assiste estarrecido os eventos (fato evidente, que não carece prova, portanto) de depredação dos prédios — patrimônio da Humanidade — que abrigam os três Poderes da República na cidade de Brasília, DF, e de claro ataque aos funcionamento das instituições. Trata-se de um episódio traumático que agride o povo brasileiro", escreve a AGU.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, também determinou a exoneração de Torres, ex-ministro da Justiça após bolsonaristas radicais invadirem o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na noite deste domingo que o ex-secretário de Segurança Pública "tem fama de ser conivente com manifestações", em seu primeiro pronunciamento oficial após a invasão da sede dos Três Poderes por grupos radicais bolsonaristas. Lula determinou intervenção federal no Distrito Federal.
"Todo mundo sabe a fama do secretário de Segurança dele de ser conivente com as manifestações, então a intervenção vai cuidar disso", disse, em referência ao governador do DF.
Em dezembro do ano passado, no dia da diplomação do presidente Lula, a atuação de Torres à frente do ministério foi criticada diante dos atos bolsonaristas, que depredaram a cidade e colocaram fogo em carros e ônibus sem serem punidos.
Torres é fiel aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro de 2021 a 2022.
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