PF vai investigar omissão de agentes em comunidade YanomamiDivulgação/Condisi-YY
Segundo o ministro, há indícios suficientes de que houve omissão de funcionários públicos. A Fundação Nacional dos Povos Indígenais (FUNAI) é uma das entidades que estão na mira da PF.
"Não tenho nenhuma dúvida técnica, embora evidentemente não me caiba julgar, de que há indícios fortíssimos de materialidade do crime de genocídio", disse Dino, em coletiva de imprensa.
“A PF deve apurar se foi algo doloso ou foi puramente negligência. O que vimos no sábado é que há um desmonte na estrutura de atendimento aos Yanomami”, completou.
Em seu ofício ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, Dino citou os garimpos ilegais na região indígena. Para a imprensa, o ministro alfinetou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao citar uma visita feita por ele a um garimpo ilegal.
As mortes foram causadas, na maioria dos casos, por desnutrição, pneumonia e diarreia. As vítimas são crianças de um a quatro anos, e os dados são referentes ao ano de 2022.
Ainda de acordo com a pasta, há uma estimativa de que, ao menos, 570 crianças foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome no território.
Além das mortes, em 2022 foram confirmados cerca de 11.530 casos de malária no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, que estão distribuídos entre 37 Polos-base. As faixas etárias mais afetadas são de pessoas de 50 anos, seguido de jovens de 18 a 49 e crianças de 5 a 11 anos.
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