Padilha diz que Bolsonaro tem responsabilidade intelectual, moral e espiritual pelo 8 de janeiroCNN/Reprodução
“Não tinha receio. O que tinha, diante das opções, era qual o melhor do ponto de vista institucional”, afirmou Padilha nesta sexta-feira, 10, em entrevista para a reportagem. Na visão dele, a intervenção na segurança pública foi o melhor caminho para manter a ordem no Distrito Federal.
“Era o melhor instrumento cirúrgico para controlar a situação de segurança naquele momento", declarou. "Quando a gente analisa que conseguimos estancar o golpe que estava orquestrado [...] sem ter uma vítima fatal, acho que fomos bem-sucedidos”, acrescentou.
Em janeiro, ao conversar com jornalista, Lula confessou que uma GLO chegou a ser colocada na mesa para ser aplicada, no entanto, ele optou por recusar. “Se eu tivesse feito GLO, estaria acontecendo o golpe que algumas pessoas queriam: 'Lula deixa de ser governo para que algum general assuma o governo'. Por isso eu não fiz GLO", explicou na ocasião.
O chefe do Executivo federal ainda admitiu que tinha certeza que muitas pessoas foram omissas e coniventes com o ataque terrorista de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Teve muita gente conivente. Teve muita gente da Polícia Militar conivente, teve muita gente das Forças Armadas aqui dentro conivente”, criticou na época.
Padilha detona Bolsonaro
“Estou convencido de uma coisa. Bolsonaro tem responsabilidade intelectual, moral e espiritual do que aconteceu em 8 de janeiro. Não tenho dúvida nenhuma, ele alimentou por quatro anos o clima de ódio no país”, relatou.
Porém, Padilha deixou claro que não sabe se Bolsonaro tem relação direta com o manifesto golpista. “Vamos descobrir para que nossa democracia seja consolidada”, concluiu.
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