O ex-presidente Jair Bolsonaro defende mineração e agropecuária em terras indígenas durante o seu governoReprodução
Os ofícios de alertas foram enviados aos ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Cidadania e revelam que a gestão cortou o envio de alimentos, mesmo tendo conhecimento da crise humanitária que se estabeleceu em Roraima após a invasão em massa de garimpeiros ilegais.
A denúncia, feita pelo portal 'UOL', aponta que "o órgão foi alertado pelo menos pelo menos três vezes sobre a situação alimentar dos Yanomami", além de ter recebido a informação sobre as consequências que a interrupção do fornecimento de alimentos e medicamentos poderia causar às comunidades indígenas da região.
Meses depois, outro notificação foi enviada. Este, no dia1° de fevereiro de 2022, encaminhado não só ao Ministério da Justiça, como também ao Ministério da Cidadania, cargo que teve quatro ministros nos últimos quatro anos: Osmar Terra (2019), Onyx Lorenzoni (2020), João Roma (2021) e Ronaldo Vieira Bento (2022).
O ofício citou que o povo Yanomami havia sido 'retirado da Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Tradicionais (ADA) e alertava sobre casos de desnutrição e solicitou apoio do governo "na articulação com os ministérios para a distribuição de cestas de alimentos".
Em 23 de março de 2022, o Sesai retomou os alertas com os mesmos informes feitos anteriormente, acrescentando uma sugestão de data para se debater o tema em reunião interministerial.
A suspeita de genocídio Yanomami é alvo de investigação da Polícia Federal a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Contudo, o caso corre sob sigilo de justiça e está sob responsabilidade da superintendência da PF em Roraima.
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