Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente Jair Bolsonaro tiveram queixas por retardar a vacinação infantil pela PGRFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
"(Jair) Bolsonaro jamais diria que não tomou vacina tendo tomado. Jamais faria isso. Bolsonaro tomar vacina escondido, isso não existe. Na minha opinião, um hacker entrou lá e incluiu essa informação", disse Queiroga à 'CNN Brasil'.
Quarto ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Queiroga revelou que foi identificado, em dezembro do ano passado, uma suposta violação no cartão de vacina do ex-presidente, que sempre questionou a eficácia dos imunizantes e propagava o tratamento precoce a base de cloroquina como 'solução', sem comprovação científica ou aval do próprio Ministério da Saúde.
CGU confirma registro de vacina
Em entrevista para a 'CNN Brasil', o ministro do governo Lula confirmou que há uma troca de ofícios entre o Ministério da Saúde e a CGU questionando se o ex-chefe do Executivo federal recebeu a vacina Janssen no dia 21 de julho de 2021, em São Paulo, período em que o país enfrentava uma grave crise sanitária.
"Esse registro existe. Pelo menos pelo que a gente sabe das informações. Se isso está em um ofício da CGU, a CGU não faz uma pergunta à toa. Se esse registro está em um ofício da CGU, eu não tenho como negar", disse Carvalho.
Agora há uma investigação para saber se a informação foi adulterada. O ministro relatou que, por causa de uma denúncia realizada no ano passado, iniciou-se uma apuração sobre o caso no fim de dezembro.
"Se há anotações no cartão de vacina dele [Bolsonaro], do DataSUS, de que ele se vacinou e se houver uma inserção indevida de anotações sobre a vacina dele, seja no sentido de colocar informações de que ele se vacinou ou de retirar informações relativas à sua vacinação, nossa expectativa é que, com a apuração, a gente descubra se isso aconteceu", relatou o ministro.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.