ANM busca fechar o cerco contra a lavagem de dinheiro oriundo do garimpo ilegal de ouro MPI
ANM publica norma para combater lavagem de dinheiro no garimpo
Resolução da Agência Nacional de Mineração entrará em vigor em 30 dias
O Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (27) publica resolução editada pela Agência Nacional de Mineração (ANM) para combater a lavagem de dinheiro utilizando gemas, ouro e outros metais preciosos. A resolução foi deliberada pela diretoria colegiada do órgão na semana passada, dentro das iniciativas do governo federal para desmontar o garimpo ilegal na região amazônica, especialmente nas terras Yanomami.
Pela resolução, o minerador que trabalha na legalidade deverá manter um cadastro estruturado de clientes, com diversas informações, e o registro de todas as operações realizadas pelo prazo mínimo de dez anos. Além disso, empresas de médio e grande porte, aquelas com faturamento acima de R$ 16,8 milhões no ano anterior, deverão implementar e manter política para assegurar o cumprimento dos seus deveres de integrantes do Sistema de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo e da Proliferação de Armas de Destruição em Massa (PLD/FTP).
"Dessa forma, deverão capacitar os funcionários, verificar periodicamente o cumprimento das normas, obter informações sobre o propósito e a natureza da relação de negócios, verificar e validar as informações cadastrais", diz a ANM.
De acordo com o diretor-geral da ANM, Mauro Sousa, a norma é fruto de esforço conjunto da agência com as instituições que compõem a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA), em especial o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), "visando a uma atuação conjunta dos órgãos de Estado para o combate da lavra ilegal e dos crimes a ela associados". A resolução entrará em vigor em 30 dias após a data de sua publicação.
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